Os véus de Apóphis velaram o Sol.
O Reino das Sombras invade o Mundo deixando-nos sós, perante o receio de olhar o vazio que de fora se precipita para o fundo das nossas almas.
O Mundo pára e adormece.
Apenas as sentinelas da Luz permanecem nos seus postos.
No meu recanto de solidão eu me entrego ao Sonho, embalado pela música que me leva em viagens sem destino, por planos e espaços que a forma física não pode alcançar. E aí encontro a tua lembrança, as tuas palavras, os teus escritos, os teus sentires, os teus sentimentos, as tuas dúvidas e as tuas certezas.
A singularidade da tua pessoa. A quem estendo a mão e... quase posso tocar.
Mas apenas nos resta o quase...
À minha frente a negra parede do vazio, rasgada pela janela luminosa que nos permite contactar através da voz das nossas almas. Tão simultaneamente virtual e real, como a Amizade e Cumplicidade com que não nos tocamos, mas nos conhecemos.
Irmão Guerreiro, te ofereço a minha asa de Dragão. Voemos!
PS: ao Paulo do Sidadania. Almas como a tua nos fazem dar sempre mais um passo adiante.