É necessário repensar a democracia. Nos moldes
actuais ela apenas serve o populismo oportunista, sem compromisso nenhum com os
destinos das respectivas nações, motivado por projectos pessoais, mais ou menos
partidários, de conquista e preservação no poder. O avanço do populismo advém
da falta de informação, formação e educação das populações que são convidadas e
algumas vezes forçadas (voto obrigatório) a ir votar.
O fenómeno Trump não é isolado, nem é tão
imprevisto e surpreendente como por aí se pretende fazer crer. A própria
imprensa que tanto se espanta com os “casos Trump” é ela mesma cúmplice de tais
fenómenos ao promover uma informação sensacionalista, mais interessada no
aumento dos índices de audiência que na prestação duma verdadeira e profícua
informação; o que conta é o espectáculo da notícia e não o mérito e interesse
da informação propagada.
A política deixou de ser um campo de debate de
ideias e ideologias para se tornar uma arena onde se digladiam campanhas de
propaganda na mais feroz competitividade dum marketing sem escrúpulos. Nas
presentes campanhas eleitorais, amiúde por toda a parte, não se debate nenhum
projecto político, apenas se esgrimam ataques e ofensas mais ou menos pessoais.
As ideologias estão démodé e desactualizadas porque desfasadas da realidade
social e civilizacional vigente. Não que novas ideologias sejam necessárias,
mas o que urge são princípios fundamentais que se apliquem a uma justa administração
e gestão dos reais interesses das sociedades e nações.
Nota: a imagem foi recolhida na internet através do Google