A D. Beatriz, senhora de 80 anos, solteira, organista numa igreja, é admirada por todos pela sua simpatia e doçura. Uma tarde, convidou o novo padre da igreja para ir lanchar a sua casa e ele ficou sentado no sofá, enquanto ela foi preparar um chá. Olhando para cima do órgão, o jovem padre reparou numa jarra de vidro com água e, lá dentro, boiava um preservativo. Quando a D. Beatriz voltou com o chá e as torradas, o padre não resistiu e perguntou-lhe o porquê de tão bizarra decoração em cima do órgão. E responde ela apontando para a jarra: "Ah! refere-se a isto? Maravilhoso, não é? Há uns meses atrás, ia eu a passear pelo parque, quando encontrei um pacotinho no chão. As indicações diziam para colocar no órgão, manter húmido e que, assim, ficava prevenida contra todas as doenças. E sabe uma coisa? Este Inverno ainda não me constipei".
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
ÓRGÃO
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
A NAU CATRINETA ou será E LA NAVE VA
A estampa vislumbrada algures no interstício de idílios sôfregos não faz jus ao suspeito incógnito de devaneios loquazes.
sábado, 27 de agosto de 2011
À BEIRA DO ABISMO
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
COMER E VESTIR
domingo, 21 de agosto de 2011
DE BOAS VONTADES...
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
CARRINHOS COMO CARINHOS
Como desde cedo me revelei um aluno satisfatório e por vezes com resultados acima da média, ela negociou comigo um inteligente sistema de estímulo, recompensando as minhas boas prestações, satisfazendo uma das minhas paixões infantis: os carrinhos da Matchbox. Assim estabeleceu uma tabela de retribuição, sob a qual ela premiaria, ou penalizaria, os meus desempenhos escolares.
Confesso que nunca fui entusiasta da escola, mas a perspectiva de conseguir uma óptima colecção de carrinhos, era suficiente para estimular o meu zelo e dar o meu melhor, sem grande esforço. Os carrinhos Matchbox eram os carinhos que guardava da minha mãe. Afinal numa família de signos de Terra (quatro virginianos e um capricorniano) os afectos eram algo que quase se poderiam modelar em pedra e barro; nada de pieguices lamechas carregadas de beijoroquices, afagos sufocantes e demais lambuzices.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
HALLELUJAH
domingo, 14 de agosto de 2011
LARGO DO ROMPANA
Avião de brinquedo, que voa seguro por uma guita como um papagaio (pipa)
Num impulso de “procura o avião que encontrarás” eis que achei na internet uma foto dum modelo idêntico àquele com que eu brincava no Barreiro em 1969. Hoje estou achando tudo do meu passado na net. Mete medo! Vou parar por aqui.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
DANÇA DA LUA
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
ESCRITA; MEU UNIVERSO
“Escrever é mais importante que a nossa própria vida.”*
Eu passo, arrastando atrás o manto macio e aveludado da solidão. Fiel companheira.
Tudo parou! Por vezes a vida deixa de acontecer e o que se passa é uma agonia continuada dum quotidiano insípido e enfadonho de inútil e sem propósito. Uma garfada de arroz, uma xícara de café, um assistir os noticiários com as mesmas crises financeiras, o mesmo desmascarar inconsequente de políticos corruptos, as mesmas guerras absurdas... e a mesma insatisfação de sempre. A mesma frustração, que corrói e mina o ânimo, a vontade.
“Demoro muito a entrar, depois fico dentro daquela lógica e tenho muita dificuldade em viver. Tenho muita dificuldade em viver a vida comum enquanto estou a escrever. É viver uma outra coerência, em que as coisas são outras, os personagens são outros, que não admite interrupções, interferências, em que sair e entrar desse mundo não é fácil, é muito doloroso, até. ... Ninguém nos visita. Não há Deus nenhum que nos venha visitar. Não é Apolo, não são ninfas nenhumas, nem seres mágicos. Somos nós! É uma capacidade de concentração, que se tem.”*
Eu queria que tudo parasse! Que o silêncio se fizesse em redor. Que a ausência de mundo fosse a paz necessária. Que o silêncio fosse a folha em branco esperando o nascimento dos caracteres e das ideias ganhando expressão e formando o texto.
“Estou convencida que vale a pena trocar tudo para se deixar uma página bem escrita.”*
Nota: Transcrições (*) em itálico são excertos duma entrevista dada por Lídia Jorge a que assisti no blog “As Cores da Vida” (link).
domingo, 7 de agosto de 2011
ALENTEJO
sábado, 6 de agosto de 2011
SÁBADO
O dia amanheceu com um sol despudorado, do qual até as nuvens fogem e evitam. Uma brisa ameniza e refresca o que se poderia tornar numa jornada de canícula insuportável. Os príncipes de Geda espreguiçaram-se e deambulavam para cá e para lá, saudando com beleza e alegria mais um Sabbatt. (Ou seria a memória deles?)
O Sábado iniciava-se assim tranquilo e aprazível até. As preces no altar serviam para reforçar essa esperança de paz e doce agrado em estar vivo. Ao sair do Templo os pregões e a agitação colorida das barracas, anunciavam a feira com todos os seus atractivos. Os odores a fruta fresca traziam os campos vizinhos para dentro da cidade e a dança colorida dos panos pendurados nos varais convidavam os sentidos e apelavam às bolsas. Dos tachos nos fogos levantavam-se aromas a iguarias cozinhadas no momento, esperando para serem degustadas com prazer e apetite isento de culpa. Bandos de crianças brincavam despreocupadas nas clareiras de terra batida, sob um ou outro olhar descuidado de pais tranquilos.
Eu logo me dirigi até ao relvado junto ao rio e pegando no meu livrinho e lápis, sentei-me à sombra para vos anotar estas linhas.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
NÃO DEMOREM PARA VER!
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
A FESTA DO FOGO
terça-feira, 2 de agosto de 2011
GLOBALIZAÇÃO: SOUVENIRS
Figos da Turquia e amêndoas dos States?!... É o que resulta duma integração torpe nos mercados globais e numa regulamentação macrocéfala europeia.
Os governantes portugueses (para quem interessam mais os números das estatísticas das comissões europeias que o bem estar da sua população) ainda não quiseram procurar o equilíbrio entre a excessiva regulamentação e o apoio aos pequenos empresários de raiz tradicional; os verdadeiros artesãos que poderiam manter vivas as verdadeiras tradições gastronómicas.
É necessária uma regulamentação rígida para salvaguardar a higiene e sanidade dos produtos gastronómicos, tanto os de origem industrial como artesanal, mas também que saiba preservar e salvaguardar a sobrevivência comercial dos pequenos produtores. Num sistema económico liderado pela ganância dos mais poderosos será apenas a muito custo político que essa salvaguarda será assegurada.
Nota: o Algarve sempre foi um região conhecida como terra de figueiras e amendoeiras.