sábado, 31 de julho de 2010
CONSTRUINDO
sexta-feira, 30 de julho de 2010
DIAGNÓSTICO
Caminhava pela sombra, junto às paredes. Esperava aos cantos, ou por trás dos outros, onde fosse mais difícil de me acharem, afastado dos grupos e alunos mais irrequietos e barulhentos. Evitava as brincadeiras mais rudes e tinha um medo quase irracional das bolas com que os outros se deliciavam em efusivos jogos.
Na escola era elogiado pelo bom comportamento, embora os professores lamentassem a falta de participação, pois tentava sempre ficar escondido atrás dos outros alunos, de modo a evitar ser chamado ao quadro, para resolver algum problema, ou responder a alguma pergunta sobre a matéria dada, que de resto sabia sempre a resposta.
Em casa ficava no quarto, sozinho, deliciado na leitura dum livro, de preferência com temática científica ou histórica e entretido com os muitos carrinhos que tinha ganho como prémios por boas notas escolares, planeando cidades plenas de vida e actividade, onde viveria feliz. Em folhas de papel A4 desenhava botões de teclado e mostradores de ponteiros e colava nas paredes do quarto, encenando os painéis de comando da nave com que sonhava poder partir para outros mundos, onde pudesse encontrar outros que sentissem e agissem do mesmo modo.
Adorava ir à praia. O contacto com a água viva e plena de força, que tanto acariciava como enrolava e arrastava na rebentação das ondas e a imensa superfície do mar se espalhando infinito pelo horizonte, eram portas para o sonho e a fuga, sempre anunciando outros mundos, outras realidades.
Diziam que era muito sossegado e muito bem comportado. Talvez um pouco sossegado demais. Achavam que era um menino encantador, exemplo de boa educação e nunca dando ralações nem trabalhos a ninguém.
Na verdade era o início duma profunda depressão que por ignorância nunca foi percebida e acabou por evoluir numa distimia crónica, muito tardiamente diagnosticada.
Quando uma criança é demasiado sossegada ou demasiado irrequieta algo não está muito bem, pelo que é necessário procurar opinião e auxílio de quem seja especializado. Somos seres essencialmente mentais e emocionais, pelo que é fundamental uma observação atenta a nível psicológico. É necessário derrotar definitivamente o preconceito de que quem vai ao psiquiatra e ao psicólogo são os doidos.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
TOURADA E TRADIÇÃO
Desde o terceiro milénio a.c. que se tem conhecimento (por registo artístico) de actividades rituais ou espectaculares de confronto entre humanos e touros. Nalgumas culturas espectáculos desses passaram a tradição e entraram dentro dos hábitos culturais de alguns povos. As touradas são por norma associadas às tradições culturais dos povos da Península Ibérica e dão sempre motivo para acalorados debates sobre a legalidade moral das mesmas.
O Parlamento Catalão aprovou a proibição das touradas na Catalunha.
A votação do diploma gerou, como seria de prever, uma onda de manifestações por toda a Espanha, uns contra e outros a favor. Os argumentos de identidade cultural ameaçada por investidas contra as tradições são sempre os mais invocados. Contudo neste cenário também surgem acusações de ser apenas uma medida politica de afirmação independentista catalã, rejeitando aquilo que é considerado ser a marca de identidade espanhola.
Identidade cultural e tradição são decerto factores de coesão e de afirmação dum povo, mas não têm de ser empecilho ao seu desenvolvimento humano. Evoluir é crescer no aperfeiçoamento da consciência. Evoluir é o que vai além da estagnação de hábitos e costumes. Evoluir é o desígnio maior das criaturas deste nosso universo.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
ANTES E DEPOIS
terça-feira, 27 de julho de 2010
PETRÓLEO: PRODUÇÃO E CONSUMO
É este um mapa-mundi diferente dos que estamos habituados a encontrar. Aqui a grandeza dos países é aferida pela quantidade de petróleo em reservas naturais disponíveis no seu território.
O comércio/indústria do petróleo é o grande ditador da economia mundial; sendo que este é um sistema criado para manter a supremacia do dólar americano e assim favorecer o falso poderio da economia norte americana.
No mapa:
- a dimensão do pais corresponde à sua capacidade de produção, pode ser verificada na tabela do lado direito em bilhões de barris (o barril de petróleo corresponde a cerca de 159 litros).
- a cor indica o consumo de petróleo por cada país: na tabela do lado esquerdo podemos ver uma escala de níveis de consumo por escalões.
- Os Estados Unidos consomem mais de 20 milhões de barris de petróleo por dia, mas têm menos de 2% das reservas mundiais de remanescentes.
- Os países do Médio-Oriente controlam mais de 60% das reservas mundiais remanescentes de petróleo.
Podemos ver que a Arábia Saudita lidera na posse das maiores reservas de petróleo, logo seguida pelo Irão e pelo Iraque, enquanto os Estados Unidos da América do Norte são os mais gastadores, melhor diria esbanjadores, de petróleo. É interessante verificar que a Arábia Saudita é o maior aliado, entre os produtores de petróleo, dos USA e que o Iraque está sob o jugo das armas americanas, assim como o Irão se mantém sob a mira do Pentágono, com contínuas ameaças de invasão por parte dos americanos sob o pretexto de ... não se sabe bem de quê.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
LIVROS: FRUSTRAÇÃO
domingo, 25 de julho de 2010
DOMÍNIO E PODER
É este um mundo moldado por ideais de competitividade. Desde a mais tenra idade somos instigados a ver o próximo como um rival e a procurar superá-lo para podermos ser reconhecidos como vencedores; que temos de ser... mas que na verdade nunca chegamos a ser. O que resulta são frustrados egocêntricos que procuram de qualquer modo subjugarem os que o rodeiam a um despotismo patético.
Um mundo de ilusão e alienação. Mas um mundo perverso de pequenos déspotas que infernizam a vida dos que os rodeiam. Um quotidiano em que cada circunstância pode servir para amesquinhar o próximo na procura da satisfação dum ego que nunca se satisfaz.
Já haveis percebido que não estou falando dos grandes, dos senhores que governam, dos senhores que dominam o mundo através da economia e das armas, mas sim dos anónimos na multidão, das gentes comuns que vivem a obsessão do domínio. Falo da tristeza de não ter um sentido na vida e tentar compensar a falta de carácter com um pseudo-controlo dos mais vulneráveis que o rodeiam. Cobardia!
Fazer a vida dos outros um inferno quotidiano não traz vantagem. Quanto muito apenas uma falsa sensação de conquista.
Numa sociedade injusta e desnivelada geram-se as condições para todos os despotismos, propiciando o desenvolvimento de comportamentos mesquinhos gerados na inveja dos que nunca conseguem alcançar a satisfação, que apenas uma consciência equilibrada e em harmonia pode proporcionar.
sábado, 24 de julho de 2010
MUSEU
Quando era jovem e andava no ensino secundário, a minha turma descobriu que havia uma verba anual no orçamento da escola estipulada exclusivamente para saídas em visitas de estudo. Rapidamente nos organizámos para projectarmos várias propostas de visitas de estudo a fábricas por todo o país que propusemos à aprovação dos respectivos organismos decisórios da escola. Cada um dos passeios tentava ser o mais longe possível e suficientemente afastado para só permitir o regresso no dia seguinte, permitindo-nos assim ficar uma noite fora de casa pernoitando em hotel pago pela escola. Era a euforia da juventude.
Como o nosso curso era de Química, todas as visitas visavam fábricas químicas, tendo nós o cuidado de escolher diferentes fábricas com diferentes metodologias e produtos finais, para que nenhum dos passeios nos fosse negado. E, por norma, eram todos aprovados, pois o fundo era abastado e os nossos projectos muito bem fundamentados, com grande interesse didáctico, para isso contávamos com a cumplicidade dos nossos professores de química e matérias da área. Quase todos os meses saíamos uma ou duas vezes em passeio. Até que o estatuto de turma mais viajada da escola chamou a atenção dos alunos dos outros cursos e turmas, que logo descobriram o golpe e o passaram a copiar. O dinheiro passou a ficar curto.
Mas, de todos os passeios que demos e de todas as visitas que fizemos, nenhuma incluiu a visita a um museu. Na ânsia de passear nem nos lembrávamos do fundo pedagógico das saídas, mas o certo é que professores e demais agentes de orientação pedagógica da escola também não rectificaram a situação; afinal num sistema de ensino especializado os nossos projectos de visitas eram quase perfeitos. Mas... e a formação geral do aluno? O seu enriquecimento cultural?
Felizmente que eu cresci no seio de uma família que respeitava o meu interesse por cultura. Presto aqui preito à minha Tia Doroteia, mulher que viveu e morreu analfabeta, mas que não sendo burra respeitava e incentivava esse meu gosto pelo conhecimento e me levava missionariamente aos fins-de-semana em passeio a museus e demais lugares com interesse cultural. A Tia Doroteia, na sua iliteracia, sabia bem da importância da cultura na formação do ser humano. Pena que os senhores e senhoras que decidem dos programas e sistemas de ensino não tenham essa mesma percepção e sentido do fundamental.
Escolaridade deixou de ser um modo de enriquecimento cultural para passar a ser uma corrida em busca dum certificado. A cultura geral das novas gerações resume-se a filmes estupidificantes e séries televisivas alienadoras, com muita futilidade pelo meio e uma completa ausência de valores sociais de cidadania e respeito ao próximo.
Foto: Museu d'Orsay, Paris. Uma antiga gare ferroviária convertida em museu de arte.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
UM MUNDO, UM MAR
Hoje venho de novo pedir-vos um exercício de observação e reflexão.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
DIREITO DE RESPOSTA
Há um momento em que se tem de dizer: BASTA!
Eu nasci em Moçambique sob os auspícios da Bandeira Portuguesa e assumo a minha nacionalidade portuguesa, com muito orgulho dos feitos históricos e civilizacionais com que este povo simples, mas ladino, favoreceu e favorece a Humanidade.
Eu sou português! Vivi durante os mais recentes 40 anos da minha vida em Portugal; o tempo suficiente para ver como um povo oprimido soube sair em liberdade duma sociedade quase rural transformando-a numa de modelo urbano tranquila e cordial, sem cair na vulgaridade do crime e da baixaria de costumes propiciados por uma má formação de carácter social e moral.
Ontem à tarde eu e o Sérgio, falávamos com um vizinho do prédio (homem duns 40/50 anos) e com o seu filho (moço duns vinte e tal anos) sobre computadores e as dificuldades de acesso rápido à internet, quando o homem se saiu com um infeliz “O teu computador deve ter é memória de português!” Eu olhei para ele e mostrei-lhe o meu sorriso amarelo. O indivíduo não entendeu e continuou a sua verborreia xenófoba, para grande constrangimento do filho, até que o Sérgio lhe lembrou: “Ele é português...” O cara nem tinha sacado pela minha pronuncia que eu era português?! Mas afinal é vizinho e sabendo bem da história da minha presença no condomínio... ou será que a memória brasileira dele não é assim tão aquela coisa?
Embaraçados ele e o filho retiraram-se e a conversa ficou por ali.
Ao voltar para casa mergulhei nos blogs amigos, esquecendo o episódio, mas nos comentários a uma publicação de um deles lá fui encontrar uma listagem de epítetos xenófobos com que os brasileiros mimoseiam os que não lhe são iguais: “Português burro, turco pão duro, negro ladrão, amarelo porco.” A avaliar pelo rol os brasileiros acham-se o supra-sumo das virtudes.
Já tive de pedir a brasileiros, meus correspondentes na internet, que tenham a delicadeza de retirar o meu nome da lista de envios quando for para enviar anedotas de mau-gosto sobre portugueses, as quais nenhuma corresponde à verdade e quando analisadas se percebe que são adulteradas no seu relato para visar propositadamente o eterno bode expiatório: o português.
Vejo-me confrontado diariamente com referências depreciativas e injuriosas aos portugueses, tanto nos falares das gentes na rua, como na internet e mesmo nos órgãos informativos. Além do modo paternalista com que todos entendem que me devem advertir, como se eu fosse um mentecapto infantilóide incapaz de me governar. Tem até gente que fala para mim pausadamente e vincando acentuadamente as sílabas como se eu não falasse e entendesse português.
A ignorância magoa, a ignorância ofende.
Foto: Bandeira de Portugal no Castelo de Guimarães. Clicar na foto para ampliar.
terça-feira, 20 de julho de 2010
CONCORDE
segunda-feira, 19 de julho de 2010
O QUE PODEREMOS FAZER?
domingo, 18 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
NOVAMENTE, DE NOVO
sábado, 10 de julho de 2010
A FALSA QUESTÃO - SOL E FLORESTA
“Quanto custa?” é a falsa questão. Válido é questionar “Pode ser feito?”.
E pode ser feito, sim. É fácil e sem necessitar de muitos recursos.
Um dos problemas ambientais mais graves é a desertificação provocada pelas populações das zonas rurais de menores recursos económicos. Tal é devido à desflorestação levado a cabo por essas populações para terem o combustível (lenha) com que cozinham as suas refeições. A desflorestação degrada os solos que se tornam áridos e inférteis.
Todas as regiões pobres do planeta se situam em áreas de grande exposição solar. Porque não cozinhar alimentos usando o calor do Sol? Existem tecnologias simples que possibilitam a realização fácil desse objectivo.
Há conhecimento que ensina a produzir unidades de produção de calor para cozinhar ou pasteurizar água potável. Podemos encontrar na internet sítios que ensinam a construir em casa fogões e fornos a energia solar, assim como unidades de pasteurização de água. Ex: forno solar simples, fogão tampa fácil, pasteurizador solar simples. Existem vários modelos usando diferentes tecnologias mas atingindo os mesmos objectivos. Outras sugestões aqui.
Os matérias necessários são caixas de cartão, papel de alumínio, folha de plástico, tinta preta (ou cinza de carvão) e cola (que também pode ser improvisada artesanalmente a partir de farinha de trigo). Os materiais e métodos de construção são rudimentares e os resultados espectaculares.
Enviam-se para África e outras regiões pobres do planeta, armas e munições. Porque não ir lá ensinar essas populações os modos mais convenientes de proverem à sua subsistência? Ajudando-os a saírem da pobreza e a protegerem o seu meio ambiente? Afinal, ajudando-nos a proteger-nos todos.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
TURQUIA SOLAR
quinta-feira, 8 de julho de 2010
O GUERREIRO
Que faz um guerreiro africano tradicional empunhando uma metralhadora?
Anacrónico. Um homem nu, com pinturas corporais e adornos tribais, como saído dum compêndio da História de África, exibindo, com um largo sorriso estampado no rosto orgulhoso, a sua metralhadora, como se fosse a melhor das azagaias de entre as de todos os guerreiros da tribo.
Múltiplas poderão ser as leituras e ilações que se façam a partir desta imagem. O contraste da imagem romântica do bom selvagem, na sua nudez, com um dos símbolos do desenvolvimento da assassina tecnologia de guerra, é no mínimo chocante.
Poderia até ser caricato. Mas a assimetria de simbologias é tão chocante que exclui qualquer sentimento anedótico.
terça-feira, 6 de julho de 2010
RAPHAEL E SÃO
A FALSA QUESTÃO - EDUCAÇÃO
Na foto: "A Escola De Platão" de Jean Delville
“Quanto custa?” é a falsa questão. Válido é questionar “Pode ser feito?”.
“Quanto custa?” é uma questão de índole capitalista que revela o pensamento burguês sobre propriedade e lucro.
A evolução da Humanidade não tem preço.
A economia tem de estar ao serviço da humanidade e não ao serviço do seu próprio sucesso. A humanidade não tem de ser escrava da economia.
O discurso de que o desenvolvimento humano depende do sucesso económico é uma falácia capitalista com o único objectivo de escravizar todos a um sistema perverso de valores desiguais.
A grande revolução será focalizar o objectivo do esforço humano na formação ética e espiritual da humanidade. Educar verdadeiramente. Educar para a igualdade e a harmonia. Uma verdadeira fraternidade humana universal.
Parece este ser um discurso religioso?! E não será a religiosidade um sentimento intrinsecamente humano? O espírito religioso sempre esteve presente na história da humanidade e do seu desenvolvimento; mesmo os seus movimentos ateus assumem contornos dum missionarismo febril.
Não pode haver verdadeira elevação de consciência sem educação nem aprimoramento ético e espiritual. Para se construir um mundo mais justo tem de se começar por reformular todo o espírito educacional; mudar o foco da educação para uma verdadeira formação humana. O actual modelo educacional apenas serve os interesses economicistas do sistema capitalista. O ensino tem de voltar a se focalizar na formação literária como seu núcleo base e partir para a formação científica numa fase secundária. Que se parta duma ideia alcuiniana de trivium (gramática, lógica e retórica) e quadrivium (aritmética, geometria, astronomia e música) para a criação dum modelo de nova escola, com ênfase nos valores humanos individuais e humanistas.
Poderá parecer uma proposta retrógrada de modelo de ensino, por vir observar modelos medievais de estruturação universitária, mas por vezes é olhando atrás que se aprende a escolher o caminho em frente.
A questão não é “Quanto custa revolucionar o ensino?” mas sim “Pode ser feito?”. E a resposta é “Pode, temos todas as condições humanas, materiais e técnicas para o fazer.”
segunda-feira, 5 de julho de 2010
RETRO
domingo, 4 de julho de 2010
DISPENSADOR
sábado, 3 de julho de 2010
AINDA DERRAMA!!!
Desde 20 de Abril que vem sendo derramado petróleo no mar do Golfo do México. Já todos sabemos disso, mas convém não esquecer que a cada dia que passa mais petróleo é derramado, numa mancha que já entrou na corrente do golfo e ameaça alastrar para a corrente oceânica no Atlântico, com consequências graves para toda a vida no planeta.
E não é só o petróleo que já foi derramado mais aquele que ainda vai continuar a escapulir; ainda ninguém sabe como vai ser o desfecho deste caso. Os piores cenários estão sendo ponderados, pois se o homem não consegue remediar o seu erro a natureza vai ter que o fazer; e ela é sempre curta e grossa.
Todo este assunto tem vindo a ser tratado com muita inépcia e desleixo. De novo a administração americana mostra não ser mais que um pau-mandado dos senhores da finança e a sua total subserviência ao mercado petrolífero, de que depende a subsistência de toda a sua economia.
A BP já deveria ter sido interditada por negligência grosseira, assim como todo o seu pessoal técnico e administrativo impossibilitado de desempenhar funções em qualquer empresa ou entidade do ramo. O governo dos USA já deveria ter avançado com desculpas formais ao mundo assim como a apresentação dum plano de indemnizações por danos ambientais gravíssimos a nível mundial.
É em momentos assim que se nota a falta duma ONU forte e actuante. É vergonhoso como continuamos a fechar os olhos ao despudorado poder dos senhores dos petrodólares.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
FEUDALISMO E CAPITALISMO
O feudalismo era uma estrutura social em que a relação de poder assentava na posse da terra, sendo esta a base duma economia agrícola. Era da terra que vinha toda a produção necessária ao suporte da vida.
O pagamento com que os soberanos retribuíam os favores dos nobres era feito em doação de terra. Esgotada a disponibilidade de terra livre para doação, os reis começam a cunhar moeda como modo de pagamento à nobreza. É a subversão de todo o sistema económico e dá ensejo ao fortalecimento duma nova classe; o burguês. Elemento novo rico que acumula poder financeiro, embora sem as benesses dum título nobiliárquico. Surge então o capitalismo.
O capitalismo põe termo ao feudalismo no fim da Idade Média com o advento das classes burguesas. Desde então o poder passa a estar ligado ao dinheiro e não à posse de terra.
Capitalismo é a capacidade de gerir riqueza a partir da riqueza; o que significa que quem nada tem não pode enriquecer.
Na estrutura social do feudalismo não há espaço para o escravo. Já o capitalismo mercantil encaixa o escravo nas grandes unidades de produção de derivados agrícolas (açúcar, algodão, café, cacau, etc). Com a revolução industrial há a necessidade da abolição da escravatura, apenas porque o escravo não consome. Então o escravo é promovido a operário assalariado para se tornar um consumidor dos artigos que produz, contribuindo assim duplamente para o enriquecimento do burguês capitalista.
O feudalismo é uma estrutura social típica das sociedades do velho mundo. Quando se dá a expansão colonial no novo mundo, esta é liderada pela classe burguesa segundo um modelo capitalista e aí a liberdade de implantação da escravatura (vide os campos de algodão dos estados sulistas norte-americanos e os engenhos de açúcar brasileiros), como modelo altamente rentável. A Igreja, bem subornada pela classe dominante, a tudo dá a sua bênção e cobertura.
O capitalismo é um modelo obsoleto, insuportável para o desenvolvimento natural da humanidade enquanto organismo cultural eticamente superior.
Ou a humanidade asfixia o capitalismo ou é asfixiada por ele!
quinta-feira, 1 de julho de 2010
JOVEM HOJE
Perguntaram-me sobre o que se passa com a juventude de hoje.