quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

VIDA

Muitos vêem a vida como uma busca da felicidade. Uma felicidade baseada em ilusões e aspirações dirigidas à posse e ostentação de bens materiais e daquilo que chamam de desafogo. Uma vida de enganos e frustrações.

Não me vejo melhor nem pior que os demais. Apenas aprendi a viver à minha maneira, do meu modo, do jeito que o percurso peculiar da minha existência me foi ensinando. E assim fui aprendendo a valorizar o que tenho e respeitar tudo o que me rodeia.

Não sou pregador, nem arauto de dogmas alheios. Apenas posso falar por mim e de mim.

A vida é uma aventura, em que diariamente me lanço como se fosse o primeiro dia duma longa jornada por percorrer. 
Não me interessa o desfecho. Apenas estou aqui pelo presente.

Mas há coisas que evito; tal como o juízo e a culpa, tanto meus como alheios. Não são bons companheiros de jornada, nem trazem consigo paz e tranquilidade. Erros?! Sim, todos os cometemos. Mas no fim de cada jornada diária avalio os procedimentos e pondero sobre o modo como poderei me melhorar, tornando-me uma melhor pessoa; de modo a ter uma existência mais harmoniosa comigo e com os outros.

Alguns me chamam de irresponsável, perante a ousadia em que avanço para terrenos desconhecidos, largando tudo e lançando-me no vazio. Por vezes tenho aterrado, mais ou menos suavemente, outras tenho me estatelado dolorosamente. Mas é dessas quedas doridas que mais proveito (de alma) e ensinamento tenho tirado.

Por isso muitos não me entendem e deixo-os completamente desconcertados, por me verem com mais de meio-século de existência, vivendo ainda como se tivesse quinze anos; acreditando no sonho e me entregando com puerilidade nas vagas imponderáveis da Fortuna.

Espero assim continuar. Atentarei para assim continuar. É nesse viver intrépido e sem rumo, aceitando o que eu alcanço e os outros me proporcionam, que eu entendo que está a felicidade.

2 comentários:

Luís Freitas disse...

E está muito bem. Recentemente adoptei o lema "não comento comentários à minha pessoa". Não significa que não presto atenção ao que me dizem ou apontam. Escuto, reflicto mas sigo o meu rumo procurando uma continuidade não condicionada ou dependente do que de mim pensam. Respeito apenas o princípio de que a minha liberdade termina onde começa a dos outros.A sensação de liberdade que daí advém é muito agradável :). Abraço.

ManDrag disse...

Salve! Luis

Ora aí está um bom lema: "não comento comentários à minha pessoa". Nada melhor que estarmos em paz connosco, pois só assim poderemos começar construindo a paz com os outros.

Abraço.

Salutas!