terça-feira, 31 de agosto de 2010

PRENDAS

Francisco Moita Flores

“Prendas” é o título de um email que hoje recebi logo pela manhã. Devido ao interesse do conteúdo resolvi publicitá-lo aqui, mas como não trazia a referência onde havia sido anteriormente publicado irei apenas transcrever excertos. Os comentários, eu não os farei, ficarão por vossa conta.

A autoria do texto é atribuída a Francisco Moita Flores, Presidente da Câmara Municipal (Prefeito, para os leitores brasileiros) de Santarém, Portugal.

Inicia ele o texto por referir o seu espanto, ao tomar posse do seu cargo de presidente na Câmara de Santarém, perante a quantidade de prendas que chegavam ao seu gabinete nas vésperas de Natal. “Para um velho policia, desconfiado e vivido, a hecatombe de presuntos, leitões, garrafas de vinho muito caro, cabazes luxuosos e dezenas de bolo-rei cheirou-me a esturro. Também chegaram coisas menores. E coisas nobres: recebi vários ramos de flores, a única prenda que não consigo recusar. Tomou então a decisão de distribuir todos os presentes por instituições de solidariedade social, “com excepção das flores”.

No segundo Natal no cargo a mesma situação de avalanche de prendas chegando ao seu gabinete repetiu-se. Pelo que ele teve o cuidado de classificar o que ia chegando: “E então percebi que as prendas se distribuíam por três grupos. O primeiro claramente sedutor e manhoso que oferecia um chouriço para nos pedir um porco. O segundo, menos provocador, resultava de listas que grandes empresas ligadas a fornecimento de produtos, mesmo sem relação directa com o município, que enviam como se quisessem recordar que existem. O terceiro grupo é aquele que decorre dos afectos, sem valor material mas com significado simbólico: flores, pequenos objectos sem valor comercial, lembranças de Natal”.

Constrangido com o despropósito dos envios resolveu então agir na alteração dum hábito que não iria conseguir erradicar. “Foi enviada uma carta em que informámos que agradecíamos todas as prendas que enviassem. Porém, pedíamos que fosse em géneros de longa duração para serem ofertados ao Banco Alimentar contra a Fome. Teve um duplo efeito: aumentou a quantidade de dádivas que agora têm um destino merecido. E assim, nos últimos dois Natais recebemos cerca de 8 toneladas de alimentos”.

E remata o texto com uma determinação: “Enquanto autarca aceitarei prendas que possam ser encaminhadas para o Banco Alimentar. E jamais devolverei uma flor que me seja oferecida”.


Adenda: Graças à prestimosa colaboração da amiga Clarice quem quiser ler o artigo na íntegra pode fazê-lo aqui.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

DOMÍNIO DAS CIDADES


Ricardo Pinto escreveu três volumes duma narrativa fantástica (“A Dança de Pedra do Camaleão”) que são uma alegoria do mundo em que vivemos. Embora passada num universo antiquíssimo, em que ainda os grandes dinossauros habitavam a Terra (aqui em comum com os humanos), toda a trama testemunha uma motivação e ambição comuns à nossa sociedade actual.

No Livro III (“O Terceiro Deus”, que tive a felicidade de me ter sido oferecido pelo meu primo Ramarago) encontrei o excerto que em seguida transcrevo. Penso que a clareza do texto dispensará qualquer explicação.

Pode considerar-se que a população duma cidade é composta por três classes: a administrativa, a produtiva e a dos vermes. As últimas duas classes formam um só grupo natural e, portanto, não deveriam ser consideradas diferentes, mas sim opostas. A classe dos vermes é composta por pedintes, ladrões, leprosos e outros elementos não produtivos. Embora teoricamente possível, a eliminação desta classe seria contrária à governação eficiente de uma cidade, não só porque o controlo da mesma sempre permite uma função visível à classe administrativa, mas também porque a sua própria existência recorda permanentemente à classe produtiva a profundidade do buraco em que pode cair caso deixe de produzir. Para além disso, uma vez que a classe dos vermes é a grande parasita da classe produtiva, tem o efeito desejável de enfraquecer esta última, pelo que a classe administrativa a deve diminuir apenas o suficiente para manter a ordem nas cidades.”

(Extracto de um codicilo compilado num cordão de contas pelos Sábios do Domínio Cidades)

Ricardo Pinto in “O Terceiro Deus – A Dança de Pedra do Camaleão”

Editorial Presença

Ricardo Pinto


Outros links para os trabalhos de Ramarago:

http://ramarago.com/

http://www.1000imagens.com/autor.asp?idautor=1455

http://br.olhares.com/Ramarago

http://coisasdotromundo.blogs.sapo.pt/

domingo, 29 de agosto de 2010

UM MESMO ROSTO

Dubai, Emirados Árabes Unidos

Diriam que se trata duma cidade árabe situada na Península Arábica, em pleno deserto voltado para o Golfo Pérsico?

Não! Uma silhueta urbana destas pode ser em qualquer cidade inspirada nos modelos da nossa actual civilização da uniformidade, onde os maus gostos se propagam à mesma alucinante velocidade com quem caem as tradições e idiossincrasias que levaram milénios a se fundamentarem.

Vai-se perdendo o exotismo espontâneo das culturas diferenciadas. Tudo passa a ter o mesmo aspecto, perdendo-se a aventura da descoberta. O deslumbramento perante o diferente.

Os modelos urbanos e arquitectónicos deixam de reflectir a identidade do povo, da região, do pais, para passarem a ser uma repetição fastidiosa de um caso de sucesso, visto algures, que todos querem copiar. E no fim todos habitarão nas mesmas casas, viajarão nos mesmos transportes, vestirão as mesmas roupas, comerão as mesmas comidas e cantarão as mesmas músicas, chorando as mesmas mágoas.

Não será bem a globalização, mas padece dos mesmos males; a uniformização imperialista.

sábado, 28 de agosto de 2010

ALBINOS AFRICANOS

Albinismo é o resultado duma deficiência genética hereditária que não permite a produção de melanina, levando a que o organismo fique privado de pigmentação.

Como qualquer outra perturbação metabólica que desvia da normalidade, o albinismo é rodeado de tabus e preconceitos muitas vezes supersticiosos. Uma situação de ignorância infeliz, que tem acarretado circunstâncias graves de discriminação e perseguição.

Em África, onde as evidências do albinismo são mais óbvias e onde se regista o maior número de casos, o estigma tem sido maior e com situações dramáticas de perseguição.

Os albinos são tidos, nas sociedades ignorantes, como seres marcados pelo divino cujos órgãos e membros possuem propriedades mágicas, sendo por isso muito cobiçados por feiticeiros e curandeiros que pagam avultadas quantias por partes de corpo. Criou-se então um mercado bárbaro em que crianças são mutiladas e os seus membros vendidos ao melhor pagante. Sim, isto ainda acontece em África. Embora os governos, numa tentativa de mostrar políticas de modernização, criem leis em protecção dos albinos, o certo é que pela falta de meios de aplicação e fiscalização dessas mesmas leis, as tragédias continuam ocorrendo. No pps aqui lincado podem tomar conhecimento do caso (infelizmente não único) duma menina de 10 anos a quem lhe amputaram uma perna para ser vendida a um curandeiro.

Mas não só de protecção contra criminosos canibais são os albinos africanos carentes. A falta de pigmentação sob o escaldante sol africano expõe-nos a graves doenças de pele e olhos de origem cancerígena. A grande maioria é gente pobre sem meios para a aquisição de protectores solares, nem para outros recursos de prevenção e tratamento, pelo que precisam de toda a ajuda que lhes possa acudir.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

NA CERCA

Nostalgia aparte os animais de carga são para estarem confinados em cercas, quando não estão sendo utilizados.

É bom não esquecer a presença constante dos animais domésticos no nosso quotidiano ao longo da história humana. Assim como o grande contributo que eles deram na edificação do nosso mundo e da nossa civilização. Sem os animais de carga não teriam sido possíveis as grandes edificações que testemunham a grandeza da nossa evolução tecnológica. Os animais de tiro também nos ajudaram a encurtar distancias e a ligar mundos.

Agora é tempo de lhes dar descanso e atribuir-lhes até outras tarefas mais tranquilas e dignificantes. Temos testemunhado que a companhia e convívio de animais domésticos é salutar para a melhoria e recuperação de doentes com disfunções graves e a longo prazo. Cães, gatos, cavalos, golfinhos e muitas outras espécies têm sido utilizadas com muito sucesso na recuperação da auto-estima e consequente predisposição para a eficácia das terapias de doentes com síndromes crónicas e outras.

Mas vem este post a propósito de um costume (ou deverei chamar desleixo) que tenho constatado desde que cheguei ao Brasil. Por todo o lado tenho visto animais domésticos (burros, cavalos, vacas e seus vitelos, porcos, e outros mais) vagueando livremente pelas ruas de zonas habitacionais, como se em pleno pasto estivessem. Vasculham nos recipientes de recolha de lixo, rasgando invólucros e espalhando tudo em redor, deambulam pela via pública atrapalhando o trânsito e chegando a provocar acidentes (ainda este ano se deu um grave acidente numa via rápida carioca provocado pela colisão dum veículo com um cavalo desgarrado que deambulava pela auto-estrada), amedrontam com a sua presença transeuntes menos familiarizados com o convívio com bestas de grande porte, além de outros transtornos à população e à higiene pública.

Muitos desses animais apresentam um deplorável estado de sub-nutição, que me leva a crer que os seus proprietários os deixam soltos para que livremente procurem alimento, entre todas as porcarias que possam encontrar na via pública (que já de si não prima pela higiene).

Isto está mal! Isto não é de um pais civilizado! Isto não é de um povo que se diz modelo de bom viver!

Os animais pertencem às suas cercas e merecem o melhor dos tratamentos. E quem não pode lhes proporcionar tais condições, então que os entreguem a quem pode. Como diz o Sr. Chaves, um vizinho meu, homem que ama e respeita os nossos amigos de quatro patas: “se usam os animais para ganharem dinheiro, também deveriam usar parte desse dinheiro ganho com aqueles que os ajudam a pôr o alimento na mesa para eles e a família”. Mas ao invés disse o que os vejo fazer é deseducarem e instruírem as suas crianças a maltratar os animais.

Povo ingrato!

Porco rodoviário numa artéria urbana de Recife (capital de Pernambuco, com mais de um milhão e quinhentos mil habitantes)
(foto por Serginho)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

INTOCÁVEL?

Tempo para brincar

Serão os poderosos intocáveis?

Veja-se (na foto) a distância respeitosa que o restante pessoal guarda do Presidente. Será mesmo respeitosa ou recearão eles serem atinjidos por algum projétil criminoso (ou estilhaço do mesmo) destinado a liquidar o soberano?

A distância respeitável que o staff presidencial mantém ao soberano lembra o resguardo de repulsa que os hindus guardam dum dalit.

Hum!... Um pensamento assaz bizarro. Tal como bizarra é toda esta hipocrisia de poderes sem poder.

Serão os poderosos mesmo poderosos?

Serão os governantes livres de governar segundo a sua vontade, mesmo que dentro da legalidade da Constituição da nação que os elegeu?

Afinal quem governa? O soberano ou as sombras misteriosas que o controlam através de longos tentáculos invisíveis?

Longe vai o tempo feudal em que o poder tinha o rosto do soberano. Agora o poder não tem rosto; esconde-se e age sub-repticiamente atrás da máscara da democracia.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

DOS FRACOS NÃO REZA A HISTÓRIA

Setembro de 1957, Harry Harding High School, Charlotte, Carolina do Norte, Estados Unidos da América.

Ela é Dorothy Counts, 15 anos, a primeira jovem negra a frequentar uma escola para brancos nos Estados Unidos da América. Eles são os seus colegas brancos, escarnecendo-a e insultando-a. A esposa do líder do “Concelho dos Cidadãos Brancos” incitou os rapazes a impedirem-na de entrar na escola e às raparigas de lhe cuspirem em cima, dando assim início aos tumultos registados nas imagens.

Preconceito, ignorância, racismo, sexismo, desigualdade é tudo que se pode encontrar no comportamento desses energúmenos. Infelizmente ainda são sentimentos que condicionam o avanço da humanidade e o progresso das nossas sociedades.

Os molestadores não são nada além de um bando de idiotas e ficarão para sempre conhecidos como os tipos que foram desrespeitosos e grosseiros para com alguém importante. Ela ficou para a História como a jovem que enfrentou com coragem.

Após quatro dias de tormentos que ameaçavam a sua segurança e integridade física, os seus pais forçaram-na a abandonar a escola.

Dorothy Counts acompanhada pelo pai


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

NÃO ME INTERESSA!

Como dizia o outro: “Really my dear, I don’t give a damn!”

Não quero saber disso para nada! Estou-me nas tintas!

Não me interessa se o padeiro escolheu para votar um político mais corrupto que aquele em que vota o homem do gás. Não quero saber se quem conduz o carro é Jesus, Jeová ou o Génio da Lâmpada. Que tenho eu a ver com o que cada um escolhe para ser burlado ou para se alienar? Eu nada perguntei!

Mas esta gente não conhece o que é privacidade e intimidade? Já não falo do respeito pela privacidade deles, mas a dos outros. A minha! Quando sou constantemente bombardeado por propaganda politica ou religiosa afixada nos carros que passam por mim na rua, é a minha privacidade que está sendo violada. Eu tenho o direito de ficar na ignorância sobre as escolhas de cada um. Não me dizem respeito! Não são da minha conta! Não tenho nada a ver com isso. Não me interessa o que fazem das suas vidas, nem o quão idiotas possam ser!

Passa outro veículo com um autocolante: “Deus é fiel!” Deus é fiel?! Eu sempre ouvi dizer que os aduladores é que deveriam ser fiéis; agora se o adulado passou a subalterno...

Há uma euforia demasiada que perverte todo o sentido primordial das coisas. Todo mundo anseia por espectáculo e promoção pessoal. Todos querem assumir o papel de pequenas estrelas da fama. Mas o único papel que garantem é o de ridículos inconvenientes.

A política é para ser debatida, não para ser vendida como banana em promoção. Assim como a religião é uma experiência de elevação espiritual individual, não é para ser banalizada como um slogan futebolístico. Seria bem melhor que todos ganhassem um pouco de aprumo e deixassem de agir tolamente como se a vida fosse um contínuo carnaval.


Este faz propaganda ao político e ao negócio do político.

Alguns vêm em duplas

Eu antes diria "Valha-me deus!"

O fox do outro, só que ainda não é vermelho.

E no párabrisas em frente ao motorista!...

E para terminar o novo serviço, não de fast-food mas de fast-prayer
Como diria o outro: Espectáculo!

domingo, 22 de agosto de 2010

RELAXANDO

Templo Rurikouin Kyoto, Japão



A Rã e o Mundo


O dia é a noite

A lua é o sol

A rã senta-se e o mundo não se detém

sábado, 21 de agosto de 2010

FOTOS PARA UM SÁBADO QUALQUER

Poltrona de Leitura
Eu quero uma assim!!!

O Mundo Americano
A inteligência dos ianques no seu melhor.
(clicar na foto para aumentar e ler as legendas)

O Medo
Medo de tropeçar quando se vai na rua a olhar para o alto.

Vader Impressionista
Será confusão de ícones?

Goa Yoga
Está-se bem!...
Relaxando numa praia goesa, numa boa!...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

CORTIÇA

Toda a fachada do Pavilhão de Portugal na Expo 2010 de Xangai é revestida a cortiça. Os chineses, desconhecedores do material, ficam fascinados acariciando a textura macia e aveludada. Portugal, com uma produção superior a 50% do total mundial, é o maior produtor de cortiça.

A cortiça é a casca do sobreiro. Tem aplicações na área dos isolamentos (tanto térmicos como acústicos) e na tradicional produção de rolhas para garrafas de vinho. Um bom vinho de qualidade superior não dispensa um engarrafamento selado por uma rolha de boa cortiça. Actualmente a cortiça tem entrado em outras áreas de actividade económica com sucesso; até na produção de artigos de moda, devido à sua leveza, à macieza da sua textura e maleabilidade.

O sobreiro é uma árvore natural da região Oeste do Mediterrâneo, com especial prevalência na Península Ibérica (onde outrora existiram extensas florestas dos mesmos), estendendo-se também pelas costas do sul de França e Itália, assim como ao longo duma estreita faixa de costa do norte de África alongando-se por Marrocos, Argélia e Tunísia, até à Líbia.

Sobreiro em montado alentejano

Cortiça: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cortiça

Sobreiro: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sobreiro

Foto de sobreiro: Luís Fadista http://br.olhares.com/sobreiro_foto2813686.html

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

VENDO TV: NOTÍCIAS



Estas notícias que abaixo sugiro passaram no Jornal Hoje transmitido pela TV Globo no passado dia 17 deste mês.

Vítima de 3 assaltos num só mês?! Pode até parecer um absurdo, mas há momentos em que a vida em certas cidades e regiões brasileiras é mesmo um absurdo. Esta insegurança, este medo, de que a vítima se queixa na reportagem é uma realidade constante no Brasil.
Ver a notícia aqui.

Esta é mais uma situação que tenho verificado ser frequente na cidade de São Paulo. Não basta os paulistanos se vangoloriarem de serem a maior cidade da América do Sul e uma das maiores do mundo. Quando uma cidade sofre de grandes males (como o da insegurança e criminalidade) os seus cidadãos devem libertar-se das suas vidinhas herméticas e organizar-se para a resolução dos problemas. Não basta ficar esperando que governantes eleitos façam tudo. É necessário que todos se eduquem em civismo.
Ver notícia aqui.

Um povo que não cuida do seu património e da sua cultura é um povo sem identidade e que vive de ilusões. Desde que cheguei ao Brasil que vejo incúria com o património histórico edificado. E isto por todo lado. Cultura não é só carnaval e sentar ao fim da tarde na esplanada do boteco despejando cerveja para o estômago.
Conversando com os meus amigos brasileiros sobre património, já aprendi que por aqui "tombado" (registado para preservar) quer dizer "para tombar" (para deixar cair), ilustrando assim o cuidado que as entidades oficiais dedicam à História e Cultura brasileiras.
Ver notícia aqui.

Pois é Sandra, precisamos de cuidar da nossa História e da nossa Cultura. E também cuidar do bem estar de todos nós. Não basta dizer que o Brasil é um país maravilhoso, só porque tem uma natureza exuberante e rica, é preciso que a sociedade brasileira também seja maravilhosa. Mas isso até agora...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O NOVO ELDORADO

Vai de carro para o trabalho; Trabalha para teres carro

A BENÇÃO

LENDO O JORNAL

"Tribunal sem verba para cumprir sentença" é o título da notícia do Jornal "Público" que vos convido a ler. Aconselho também a leitura dos comentários dos leitores no mesmo site. Eu nem comento a notícia, pois creio que os outros já disseram tudo. (para lerem a notícia cliquem sobre o título da mesma no início deste texto)

VIAJANDO NA NET

PORTUGAL: PIONEIRISMO
Já aqui falei sobre aviões. Não que eu seja um fã fervoroso da aviação, mas desde miúdo que gosto de ir até um aeroporto para ver aqueles monstros aterrarem e levantarem voo, como se fossem plumas levadas pelo vento.
Hoje o que me traz é o convite para que visitem dois sítios onde se dá a notícia de um voo inédito promovido pela TAP e com a colaboração das autoridades de Pernambuco. Um voo de carreira em que todas as equipas de terra e ar foram compostas de elementos femininos.
A TAP tem ao seu serviço 10 comandantes femininos. Eu já tive o prazer de voar sob o comando duma delas. Foi um óptimo voo, como demais todos os outros voos TAP.
Vejam mais pormenores do voo em For Ever Pemba e em Dejalo que va lejos's blog
A notícia pode vir atrasada, mas acho que é sempre oportuno lembrar.


terça-feira, 17 de agosto de 2010

VULNERABILIDADE: DODÓ E TAMBALACOQUE

Lendo a Wikipedia. http://pt.wikipedia.org/wiki/Dodo

“Recentemente, os cientistas descobriram que uma espécie de árvore da ilha Maurícia estava desaparecendo. Só existiam 13 exemplares em toda a ilha, e tinham mais de 300 anos. Nasceram na época em que os últimos dodós estavam sendo mortos. Descobriu-se que os dodós comiam as sementes da árvore, e só quando as sementes passavam pelo aparelho digestivo dos dodós é que ficavam ativas, podendo germinar. Ao fim de algum tempo descobriu-se que era possível conseguir o mesmo efeito se as sementes fossem comidas por perus. A árvore foi salva e agora é conhecida por árvore-dodó.”

Mais informação: http://pt.wikipedia.org/wiki/Árvore-dodô

Será?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O PODER: VULNERABILIDADE

Vulnerável.

O poder sempre esteve associado ao dinheiro. Mais ainda na nossa era, em que as relações sociais se baseiam na capacidade de auto-suficiência pela independência económica. Aquele que consegue ser economicamente capaz de prover à sua subsistência em qualquer circunstância é entendido como apto para se autonomizar.

A vulnerabilidade é o grande estigma da nossa sociedade, do nosso mundo. O poder económico. As hierarquias. As hierarquias laborais. As hierarquias sociais e familiares. As hierarquias profissionais. O poder do status. O poder das relações e dos relacionamentos. O poder dos sistemas.

Dependemos até dos favores dos sistemas de saúde para sobreviver. A saúde que deveria ser um bem de acesso universal e completamente livre. Assistimos ao drama duma jovem mãe, que dependente (por falta de recursos económicos) dos sistemas de saúde, vê a sua necessária (urgência confirmada por médicos independentes) cirurgia adiada (por motivos economicistas do prestador de serviços) com os mais ignóbeis estratagemas (confirmada a necessidade da intervenção e feitos todos os exames preparatórios, o prestador de serviços requer repetidamente a opinião de outro clínico para confirmação do diagnóstico, recomeçando todo o processo ad aeternum).

Os que por falta de recursos não podem recorrer (apenas porque não têm dinheiro, muito dinheiro, para pagar!) a clínicos independentes, com garantias de que serão assistidos conveniente e condignamente. Aqueles que se sujeitam ao jogo (muitas vezes, senão sempre, movido pela ignorância) de personalidades de clínicos mal preparados e levianos, que jogam com a sorte alheia na base do seu humor ou do desconhecimento de matérias (da sua área de interesse profissional) que não se dão ao trabalho de pesquisar.

A vulnerabilidade emocional do ser humano é aproveitada psicologicamente, para subjugação, por todos os grupos e agentes sociais. A mais infame é a subjugação do cidadão ao poder do sistema instituído na classe governadora, que é quem dita as leis e gere a sua aplicação (favorecendo uns e penalizando outros, arbitrariamente). A vulnerabilidade psicológica é a mais utilizada para impor a vontade própria sobre terceiros. Mesmo sem conhecimentos técnicos sobre psicologia todos a procuram usar dum modo ou outro.

Com o elevar de consciências (que melhor ou pior se verifica na nossa era) aumenta a sensibilidade (e logo a vulnerabilidade) psicológica de todos e cada um de nós. Os poderosos já se perceberam disso e, mantendo a ignorância das massas (como de costume), utilizam-na (a vulnerabilidade psicológica) a seu bel-prazer, denotando a mais vil ganância e a mais ignóbil (e grosseira) falta de ética.

sábado, 14 de agosto de 2010

ALÉM-MAR

E os portugueses estiveram em Goa

Basílica do Bom Jesus

Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição

Casa em estilo português no Bairro das Fontainhas, Pangim

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

13

Não me questionem! Não me perguntem porquê. Eu não sei. Talvez...

D. Dinis foi um dos reis mais cultos e inteligentes da história de Portugal. E houve vários com essas mesmas qualidades. Reis e rainhas que se destacaram e deixaram marca pela sua relevância intelectual e erudição.

Mas não é de D. Dinis que venho falar. Nem venho falar do Castelo de Tomar, nem de D. Afonso Henriques e Gualdim Pais, seus fundadores e construtores. Nem venho falar da Ordem do Templo ou dos templários, ou Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão de seu nome completo (que tinham por insígnia uma imagem de dois cavaleiros montando um mesmo cavalo).

O excelente texto da São, de título “Sexta-feira, 13”, moveu-me. A pertinência da chamada de atenção sobre um dos episódios mais dramáticos da História europeia, que de sobremaneira influenciou os destinos da civilização que então se edificava e da qual hoje todos partilhamos. O apelo a uma memória que ainda hoje perdura. A dor causada pela saudade dum ideal traído na maior infâmia.

Eu tinha de divulgá-lo.