sábado, 5 de novembro de 2016
LUCRO E NÃO-JUSTIÇA
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
7%
Nota: imagens recolhidas da internet através do Google
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
16A
domingo, 29 de abril de 2012
O ESTUPRO, O ESTUPRADOR E A VÍTIMA
Eu não tenho que pedir desculpa por estar vivo!
Eu, em criança, fui estuprado. Mesmo com consentimento, eu fui estuprado.
Fui seduzido, Fui provocado. Fui assediado. Fui forçado; mesmo que gentilmente, mas fui forçado. E fui admoestado a manter segredo por uma prática que eu sabia bem ser socialmente condenada e cujo conhecimento geral traria muito constrangimento para ambos. Em criança eu tive que conviver com um segredo atroz, que me atormentava, mas que a ninguém podia revelar em busca de amparo e apoio.
Aos 10 anos de idade, meus pais deixaram-me noutro continente, longe deles e das minhas irmãs, longe da nossa casa, do nosso lar. Deixaram-me ao encargo desse homem (na foto), que eles elegeram como meu tutor. Ele seria o meu guardião, o meu mentor, o meu protector... enfim seria o meu pai, desde então. Seria a pessoa em que eu deveria confiar e respeitar.
Mas ao invés disso ele se aproveitou da minha vulnerabilidade e isolamento, para me violentar; mesmo que gentilmente, através da sedução e persuasão, ele me violentava, cada vez que me estuprava. E isso durou anos. Toda a minha adolescência!
Para que tal perdurasse ele me impunha um regime de secretismo, que me levou - devido à minha tenra idade e à falta de apoio, por ter sido deixado desamparado pelos meus pais - à associação traumática e cruel de sexo com dor, vergonha e culpa.
Assim ele castrou o meu prazer, a minha felicidade e a minha paz interior. Ele castrou-me forçando-me ao constrangimento, à dor física - e moral - e ao silêncio.
Ele me encarcerou, até hoje, numa masmorra de expiação duma culpa que não é minha, dum crime que ele cometeu sobre a minha pessoa, a minha dignidade e a minha integridade. Uma culpa que é e sempre foi, apenas dele. Um crime da qual eu fui vítima e não cúmplice!
Eu fui a vítima e não ele! Eu sou quem merece remissão e não ele! Eu que quase perdi a minha vida para a dor e o sofrimento permanentes e não ele.
Eu é que mereço perdão!
Eu mereço viver livre e feliz! Eu mereço viver com honra , dignidade e orgulho!
Eu mereço ser Eu!
Eu mereço ser completo e viver completo! Eu mereço ser amado e dar amor! Eu mereço ser um homem completo!
Eu não tenho que pedir desculpa por viver! Eu tenho que me orgulhar de ter sobrevivido e lutado por mim, pela minha integridade, pela minha felicidade! Eu me orgulho de ter sabido viver com honra!
Eu orgulho-me de ser Eu!
Eu sou um homem completo!
Nota: Para esclarecer alguns comentadores e quem possa ficar na dúvida, este relato é verdadeiro e foi a minha vida.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
MONOLOGANDO

A sexualidade é ainda o grande tabu da humanidade.
Um padre católico ugandês (assessor do governo) apoia (quanto a mim instigou) o governo do Uganda na sua determinação de criar uma lei que pune a prática da homossexualidade com penas pesadas que podem ir até à pena de morte.
No Brasil, na Faculdade de Farmácia da Universidade de São Paulo, estudantes publicam um opúsculo (O Parasita) com um artigo incitando à perseguição e violência sobre os homossexuais. Este tipo de expressão dum pensamento tacanho e chauvinista é chocante quando expresso por uma elite informada e esclarecida, que constituirá o futuro corpo de formação de opinião pública dum pais moderno e influente.
Os valores velhos e obsoletos caem por terra, desacreditados e incongruentes num mundo que se revolve em busca de novos rumos. Mas se no geral se aspira por evolução e avanço, individualmente os medos crescem. As massas não estão preparadas para renovações; nem grandes nem pequenas. Tentam encaixar o novo nos seus velhos modos de perceber e fazer as coisas.
A vivência do novo, do desconhecido, é um drama aterrorizante. E tal pavor leva ao refúgio no velho modo de agir e compreender; uma tentativa infantil de procurar refúgio debaixo das saias (por mais rançosas e pestilentas que estejam) da mãe Tradição.
Mas não só a homossexualidade é um tabu imenso. A sexualidade em geral é um enorme tabu para a humanidade; principalmente para as sociedades inspiradas e influenciadas pelas religiões do Livro (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo). Socialmente a sexualidade humana foi utilizada como veículo de estratificação e discriminação, o que não deixa de ser mais uma das vergonhosas aberrações da visão anti-natura que a humanidade construiu de si mesma.
O infame Pecado Original do Livro (a Bíblia), em que a sedução é diabolizada, foi criado para providenciar o desenvolvimento daninho do complexo de culpa, que connosco carregamos, por uma emoção das mais puras e espontâneas da expressão da nossa libido. A sexualidade faz parte da nossa identidade natural. Qualquer tentativa de a regular e limitar é um atentado castrador que causa profundos transtornos na expressão individual e no equilíbrio emocional.
A sexualidade é o desejo instigador da vontade, que motiva o empreendimento e a concretização da criatividade; a criação. Atenção que falei em criação e não em reprodução! Limitar a sexualidade à reprodução é sufocar o mais importante motor de criatividade. É através da criação que o indivíduo se afirma como ser superior e independente. Daí a necessidade - por parte dos poderosos e governantes - de controlar a sexualidade para poder dominar e amputar a individualidade.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
ASSIM
Parece tudo assim tão simples!...
“Matei porque ele disse que me conhecia”, foi a justificação que Adnoel, de 20 anos, deu por ter morto à queima-roupa um caseiro de 43 anos, quando roubava um aparelho de DVD e a espingarda com que disparou o tiro fatal. E prossegue a descrição:
“Eu já sabia que tinha essa espingarda na casa e o DVD. Ontem, resolvi roubar, mas ele (Toinho) me reconheceu, aí tive que o matar. Mas na verdade, eu fui com a intenção de matar César (outro caseiro da fazenda), com quem eu tenho uma rixa. Mas ele não saiu, quem saiu foi o negão (Toinho), aí eu atirei, porque também ele me reconheceu. Se eu tivesse encontrado o César, ia gastar os 12 cartuchos na cara dele. Um dia ainda encontro ele. Eu não tenho medo de nada, mato qualquer um, pode ser quem for”.
Nota: A foto e o relato do assassino vieram do blog ROTA POLICIAL.
sábado, 28 de agosto de 2010
ALBINOS AFRICANOS

Albinismo é o resultado duma deficiência genética hereditária que não permite a produção de melanina, levando a que o organismo fique privado de pigmentação.
Como qualquer outra perturbação metabólica que desvia da normalidade, o albinismo é rodeado de tabus e preconceitos muitas vezes supersticiosos. Uma situação de ignorância infeliz, que tem acarretado circunstâncias graves de discriminação e perseguição.
Em África, onde as evidências do albinismo são mais óbvias e onde se regista o maior número de casos, o estigma tem sido maior e com situações dramáticas de perseguição.
Os albinos são tidos, nas sociedades ignorantes, como seres marcados pelo divino cujos órgãos e membros possuem propriedades mágicas, sendo por isso muito cobiçados por feiticeiros e curandeiros que pagam avultadas quantias por partes de corpo. Criou-se então um mercado bárbaro em que crianças são mutiladas e os seus membros vendidos ao melhor pagante. Sim, isto ainda acontece em África. Embora os governos, numa tentativa de mostrar políticas de modernização, criem leis em protecção dos albinos, o certo é que pela falta de meios de aplicação e fiscalização dessas mesmas leis, as tragédias continuam ocorrendo. No pps aqui lincado podem tomar conhecimento do caso (infelizmente não único) duma menina de 10 anos a quem lhe amputaram uma perna para ser vendida a um curandeiro.
Mas não só de protecção contra criminosos canibais são os albinos africanos carentes. A falta de pigmentação sob o escaldante sol africano expõe-nos a graves doenças de pele e olhos de origem cancerígena. A grande maioria é gente pobre sem meios para a aquisição de protectores solares, nem para outros recursos de prevenção e tratamento, pelo que precisam de toda a ajuda que lhes possa acudir.

domingo, 11 de outubro de 2009
O EXEMPLO DISPENSÁVEL
