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sábado, 5 de novembro de 2016

LUCRO E NÃO-JUSTIÇA

Como diz a sua própria propaganda a Samarco fez e de que maneira... E continua fazendo e preparando as condições para mais outra catástrofe como a que ocorreu há um ano. E outra e outra... Um ano depois e as vítimas da incúria criminosa esperam justiça. Cerca de 50 multas, num valor aproximado de 300 milhões, já lhe foram aplicadas e nenhuma pagou e nem irá pagar pois de todas recorreu e continuará a recorrer. Assim funciona uma justiça feita pelos ricos e poderosos para se protegerem e livrarem de pagar pelos seus crimes.


 


Nota: imagens recolhidas da internet através do Google





quarta-feira, 2 de novembro de 2016

7%

7% da população carcerária do Brasil está detida por furto. Entretanto quem rouba milhões e comete grandes crimes anda solto.
Roubas uma galinha para matar a fome e vais comer e dormir com patifes e criminosos de toda a espécie, mas se desviares milhões do erário público e com o lucro do desvio pagares fianças e recursos, ficas em liberdade. É mais que tempo de se dar fim a este sistema viciado e decrépito se se quiser construir uma sociedade justa e de direito.
O sistema carcerário brasileiro está superlotado e em permanente caos administrativo e disciplinar.

Nota: imagens recolhidas da internet através do Google 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

16A



Dezasseis anos. Calmo, estudioso, afável. Filho duma família harmoniosa de classe média alta. Aluno regular e com notas boas. A mãe, zeladora, queria mais. Esperava que o sucesso escolar do filho fosse uma porta aberta para uma carreira brilhante. Exigia.

O jovem exasperou-se. Reacção comum aos adolescentes. Discutiram. Ele pegou numa faca sobre o balcão da cozinha e agrediu a progenitora amada. Ela fugiu para o quintal. Ele foi atrás e arrastou-a para dentro, acabando de esfaqueá-la com ferimentos fatais.

A polícia foi chamada, pelos vizinhos alertados pela inabitual gritaria. Encontraram a mulher jazente e o filho, por ela denunciado no seu último estertor, de banho tomado, escutando música tranquilamente no seu quarto.

Esta história é verídica. Não interessa quem eram, nem onde ocorreu. Não vem ao caso sobre o que quero falar. Os dados que forneci são suficientes. 

Somos humanos. Somos impelidos por instintos e sentimentos. Ser educado, ser civilizado, ter sentido cívico é saber controlar ambos: instintos e sentimentos. É isso que se espera para podermos viver em sociedade.

Antes de exigir metas a família tem de ensinar limites às crianças. NÃO é uma palavra muito frequentemente esquecida no diálogo entre pais e filhos, mas deveras fundamental. Um NÃO e um SIM na altura certa são o modo mais correcto das crianças entenderem as regras do jogo que é viver em sociedade.

Durante a adolescência os jovens vivem um turbilhão. São hormonas de crescimento acelerado, pressão para que encontre o seu lugar e estatuto na sociedade, ansiedade emocional para entender toda uma avalanche de novos sentimentos que em si despertam, avassaladoramente desafiadores. Não sabem lidar com isso tudo e o prazo é para ontem. A agressividade e crueldade primárias, comuns na infância, por vezes ainda não foram controladas, domesticadas. É o momento de adquirir as ferramentas que lhe confiram o direito de ser considerado um ser humano sociável, com os deveres e direitos que tal implica.

De modo nenhum podem ser desresponsabilizados pelos seus actos. Mesmo sem haverem adquirido completamente o necessário saber de como controlar os seus impulsos, eles têm noção da gravidade de possíveis comportamentos nocivos. Não são inocentes destituídos de consciência. Devem responder pelos seus comportamentos, com rigor e justiça. Devem assumir as penalizações que lhes possam decorrer dos seus actos nocivos, assim como seriam premiados pelos seus sucessos louváveis.

Imagem: "Hoodie Stab" de Banksy

domingo, 29 de abril de 2012

O ESTUPRO, O ESTUPRADOR E A VÍTIMA

Silvino Baptista Preto


Eu não tenho que pedir desculpa por estar vivo!


Eu, em criança, fui estuprado. Mesmo com consentimento, eu fui estuprado.
Fui seduzido, Fui provocado. Fui assediado. Fui forçado; mesmo que gentilmente, mas fui forçado. E fui admoestado a manter segredo por uma prática que eu sabia bem ser socialmente condenada e cujo conhecimento geral traria muito constrangimento para ambos. Em criança eu tive que conviver com um segredo atroz, que me atormentava, mas que a ninguém podia revelar em busca de amparo e apoio.


Aos 10 anos de idade, meus pais deixaram-me noutro continente, longe deles e das minhas irmãs, longe da nossa casa, do nosso lar. Deixaram-me ao encargo desse homem (na foto), que eles elegeram como meu tutor. Ele seria o meu guardião, o meu mentor, o meu protector... enfim seria o meu pai, desde então. Seria a pessoa em que eu deveria confiar e respeitar.


Mas ao invés disso ele se aproveitou da minha vulnerabilidade e isolamento, para me violentar; mesmo que gentilmente, através da sedução e persuasão, ele me violentava, cada vez que me estuprava. E isso durou anos. Toda a minha adolescência!
Para que tal perdurasse ele me impunha um regime de secretismo, que me levou - devido à minha tenra idade e à falta de apoio, por ter sido deixado desamparado pelos meus pais -  à associação traumática e cruel de sexo com dor, vergonha e culpa.
Assim ele castrou o meu prazer, a minha felicidade e a minha paz interior. Ele castrou-me forçando-me ao constrangimento, à dor física - e moral - e ao silêncio.


Ele me encarcerou, até hoje, numa masmorra de expiação duma culpa que não é minha, dum crime que ele cometeu sobre a minha pessoa, a minha dignidade e a minha integridade. Uma culpa que é e sempre foi, apenas dele. Um crime da qual eu fui vítima e não cúmplice!


Eu fui a vítima e não ele! Eu sou quem merece remissão e não ele! Eu que quase perdi a minha vida para a dor e o sofrimento permanentes e não ele.
Eu é que mereço perdão! 
Eu mereço viver livre e feliz! Eu mereço viver com honra , dignidade e orgulho!
Eu mereço ser Eu!
Eu mereço ser completo e viver completo! Eu mereço ser amado e dar amor! Eu mereço ser um homem completo!


Eu não tenho que pedir desculpa por viver! Eu tenho que me orgulhar de ter sobrevivido e lutado por mim, pela minha integridade, pela minha felicidade! Eu me orgulho de ter sabido viver com honra!


Eu orgulho-me de ser Eu!


Eu sou um homem completo!


Nota: Para esclarecer alguns comentadores e quem possa ficar na dúvida, este relato é verdadeiro e foi a minha vida.



sexta-feira, 6 de abril de 2012

MONOLOGANDO


Reflexão possível sabendo que no Brasil, em 2011, foram assassinados 266 homossexuais, pelo simples facto de o serem.

Nota prévia: O texto (é um ensaio ainda incompleto, mas que não quis deixar de partilhar neste dia santo de recolhimento e reflexão) escrevi-o em Abril de 2010 mas, infelizmente, mantém-se actual e válido para todo o mundo. Sem esquecer nunca que já estamos no século XXI!

A sexualidade é ainda o grande tabu da humanidade.

Um padre católico ugandês (assessor do governo) apoia (quanto a mim instigou) o governo do Uganda na sua determinação de criar uma lei que pune a prática da homossexualidade com penas pesadas que podem ir até à pena de morte.

No Brasil, na Faculdade de Farmácia da Universidade de São Paulo, estudantes publicam um opúsculo (O Parasita) com um artigo incitando à perseguição e violência sobre os homossexuais. Este tipo de expressão dum pensamento tacanho e chauvinista é chocante quando expresso por uma elite informada e esclarecida, que constituirá o futuro corpo de formação de opinião pública dum pais moderno e influente.

Os valores velhos e obsoletos caem por terra, desacreditados e incongruentes num mundo que se revolve em busca de novos rumos. Mas se no geral se aspira por evolução e avanço, individualmente os medos crescem. As massas não estão preparadas para renovações; nem grandes nem pequenas. Tentam encaixar o novo nos seus velhos modos de perceber e fazer as coisas.

A vivência do novo, do desconhecido, é um drama aterrorizante. E tal pavor leva ao refúgio no velho modo de agir e compreender; uma tentativa infantil de procurar refúgio debaixo das saias (por mais rançosas e pestilentas que estejam) da mãe Tradição.

Mas não só a homossexualidade é um tabu imenso. A sexualidade em geral é um enorme tabu para a humanidade; principalmente para as sociedades inspiradas e influenciadas pelas religiões do Livro (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo). Socialmente a sexualidade humana foi utilizada como veículo de estratificação e discriminação, o que não deixa de ser mais uma das vergonhosas aberrações da visão anti-natura que a humanidade construiu de si mesma.

O infame Pecado Original do Livro (a Bíblia), em que a sedução é diabolizada, foi criado para providenciar o desenvolvimento daninho do complexo de culpa, que connosco carregamos, por uma emoção das mais puras e espontâneas da expressão da nossa libido. A sexualidade faz parte da nossa identidade natural. Qualquer tentativa de a regular e limitar é um atentado castrador que causa profundos transtornos na expressão individual e no equilíbrio emocional.

A sexualidade é o desejo instigador da vontade, que motiva o empreendimento e a concretização da criatividade; a criação. Atenção que falei em criação e não em reprodução! Limitar a sexualidade à reprodução é sufocar o mais importante motor de criatividade. É através da criação que o indivíduo se afirma como ser superior e independente. Daí a necessidade - por parte dos poderosos e governantes - de controlar a sexualidade para poder dominar e amputar a individualidade.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

ASSIM


Parece tudo assim tão simples!...

“Matei porque ele disse que me conhecia”, foi a justificação que Adnoel, de 20 anos, deu por ter morto à queima-roupa um caseiro de 43 anos, quando roubava um aparelho de DVD e a espingarda com que disparou o tiro fatal. E prossegue a descrição:

“Eu já sabia que tinha essa espingarda na casa e o DVD. Ontem, resolvi roubar, mas ele (Toinho) me reconheceu, aí tive que o matar. Mas na verdade, eu fui com a intenção de matar César (outro caseiro da fazenda), com quem eu tenho uma rixa. Mas ele não saiu, quem saiu foi o negão (Toinho), aí eu atirei, porque também ele me reconheceu. Se eu tivesse encontrado o César, ia gastar os 12 cartuchos na cara dele. Um dia ainda encontro ele. Eu não tenho medo de nada, mato qualquer um, pode ser quem for”.

Nota: A foto e o relato do assassino vieram do blog ROTA POLICIAL.

sábado, 28 de agosto de 2010

ALBINOS AFRICANOS

Albinismo é o resultado duma deficiência genética hereditária que não permite a produção de melanina, levando a que o organismo fique privado de pigmentação.

Como qualquer outra perturbação metabólica que desvia da normalidade, o albinismo é rodeado de tabus e preconceitos muitas vezes supersticiosos. Uma situação de ignorância infeliz, que tem acarretado circunstâncias graves de discriminação e perseguição.

Em África, onde as evidências do albinismo são mais óbvias e onde se regista o maior número de casos, o estigma tem sido maior e com situações dramáticas de perseguição.

Os albinos são tidos, nas sociedades ignorantes, como seres marcados pelo divino cujos órgãos e membros possuem propriedades mágicas, sendo por isso muito cobiçados por feiticeiros e curandeiros que pagam avultadas quantias por partes de corpo. Criou-se então um mercado bárbaro em que crianças são mutiladas e os seus membros vendidos ao melhor pagante. Sim, isto ainda acontece em África. Embora os governos, numa tentativa de mostrar políticas de modernização, criem leis em protecção dos albinos, o certo é que pela falta de meios de aplicação e fiscalização dessas mesmas leis, as tragédias continuam ocorrendo. No pps aqui lincado podem tomar conhecimento do caso (infelizmente não único) duma menina de 10 anos a quem lhe amputaram uma perna para ser vendida a um curandeiro.

Mas não só de protecção contra criminosos canibais são os albinos africanos carentes. A falta de pigmentação sob o escaldante sol africano expõe-nos a graves doenças de pele e olhos de origem cancerígena. A grande maioria é gente pobre sem meios para a aquisição de protectores solares, nem para outros recursos de prevenção e tratamento, pelo que precisam de toda a ajuda que lhes possa acudir.

domingo, 11 de outubro de 2009

O EXEMPLO DISPENSÁVEL



Ermelo, Mondim de Basto, 7.30h. O processo eleitoral foi suspenso por um crime na assembleia de voto.

Um candidato eleitoral mata o marido da candidata do partido rival em plena assembleia de voto, minutos antes de esta abrir. Não interessa de que partidos, pois se um disparou o outro também, se um foi alvejado o outro também, se um estava armado o outro também.

É isto a imagem da política portuguesa? É isto a imagem da tolerância dum povo do dito primeiro-mundo? É isto o convívio pacífico da Democracia? É isto o exemplo do "ama o próximo" e do "dá a outra face", numa região de tradições tão arreigadamente religiosas? Por onde andam os bons costumes do povo português? Ou esse paradigma não passa dum devaneio auto-promotor?

Foi alegada legítima defesa. O quê?! Desde quando se vai armado, de arma de fogo, para uma assembleia de voto, sem que haja premeditação de crime? Mas que é isto??? Estamos no faroeste? Estaremos importando hábitos arruaceiros da politicagem latino-americana? Até mesmo esses estão se tornando civilizados! Que se passa na cabeça desses caciques rurais? E os partidos de que eles fazem parte? Quando começarão a tomar medidas para a higienização das suas fileiras?

Tenho passaporte português e encontro-me a viver no estrangeiro, num país dito "em vias de desenvolvimento". Apresento sempre como exemplo de boas práticas os modos de fazer e viver portugueses e europeus, ao tentar estimular a cidadania e civilidade. E agora?...

Agora... espero castigo exemplar para o interveniente sobrevivente da infame disputa. Espero também uma verdadeira purga em todo o sistema político português e europeu. 

Chega de bandalhos à frente dos destinos das nações!!!