Nota: imagens recolhidas da internet através do Google
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
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Nota: imagens recolhidas da internet através do Google
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
LINDEMBERG

Um rapaz de 22 anos condenou-se a si próprio à privação de liberdade ao ter morto a sua namorada de 15 anos, por não aceitar que ela tivesse terminado o namoro. Agora ele tem 25 anos e ouviu a sentença de 98 anos de reclusão.
Todos condenámos o Lindemberg ao cárcere. Um caso perfeitamente evitável se houvesse uma verdadeira educação de base, que ensinasse aos nossos jovens que uma paixão por alguém não é tudo na vida. Assim se perderam duas vidas: a da vítima e a do assassino.
Numa sociedade machista, com altos níveis de iliteracia e com forçados padrões dogmáticos de comportamento competitivo e prepotente, tais casos são, infelizmente, demasiado comuns. Abusos sobre outrem, perpetrados tanto por adultos como por jovens, são o reflexo duma sociedade mal-estruturada; porque assente numa base de preconceitos que não levam em conta o respeito da dignidade e liberdade de cada um.
Lindemberg cometeu um crime vil, hediondo, que todos assistiram em directo, no voyeurismo carnavalesco dos média que incitam e alimentam a avidez do público pelo escândalo e o excesso. Foi um festival de degradação e horrores que todos quiseram desfrutar, em directo, no conforto dos seus sofás; tanto durante o julgamento do assassino, como, o haviam feito antes, durante a tortura do cárcere da vítima e sua consequente execução.
Eloá morreu aos 15 anos numa patética demonstração de irresponsabilidade, de todos os envolvidos no seu longo e fatídico sequestro. Tanto do seu estouvado assassino (embriagado pelo sucesso da parafernália mediática e policial, montada ao seu redor) como dos agentes negociadores que tão atabalhoadamente conduziram o processo de redenção; tendo chegado mesmo a pôr em risco a vida duma refém anteriormente já libertada.
O espectáculo da popularidade agravou a pena. Tanto pelo desatino que provocou no jovem (vangloriado pela exposição e mobilização mediática) aquando do desastroso evento que culminou no crime, quanto pelo cariz de oportunidade dos julgadores de tornarem o caso exemplar pela exposição.
Um jovem inexperiente e desorientado (além de mal aconselhado) foi sentenciado com penas máximas, quando as prisões estão cheias e outras vezes não (quando se trata de criminosos oriundos de classe alta e com avultados meios financeiros para se esquivar das garras da lei), de casos muito mais pérfidos e cujos praticantes receberam punições mais brandas.
E ainda há quem acredite que a justiça é cega?

Lindemberg Alves, de 25 anos, foi condenado a 98 anos e 10 meses de prisão, pela morte da ex-namorada de 15 anos, entre outros crimes decorridos na mesma circunstância; um episódio de má memória quando ele tinha 22 anos.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
LENDO O JORNAL


quinta-feira, 12 de agosto de 2010
ADVOGAR

Ivan, 17 anos. Conhece um homem bastante mais velho, com quem inicia um relacionamento afectivo e com quem vai viver. Seguem-se maus tratos e pancadaria. Ivan é tratado como empregado para todo o serviço e ainda espancado e sujeito a todo tipo de sevícias físicas e morais. Tentou várias vezes afastar-se, mas sem sucesso.
O martírio de Ivan durou seis anos, até ao seu desaparecimento. O companheiro é suspeito de assassínio e ocultação de cadáver. O advogado deste defende-o perante o assédio dos jornalistas: “Que eu saiba nunca foi apresentada queixa-crime por violência domestica”.
E assim segue o mundo na defesa dos prepotentes.
Justiça?! Que é isso???
Nota: Este relato é um excerto ficcionado dum caso real mais complexo e hediondo.
sábado, 8 de maio de 2010
O MONSTRO

Esta senhora anda fugida à justiça.
Esta senhora é acusada de tortura e racismo.

Esta senhora rejeitou todas as acusações, menos a de chamar a menina de “cachorra”; pois segundo ela era um apelido carinhoso por gostar muito de cachorros.
Esta senhora havia sido detida pela polícia para ser presente ao juiz, a pedido do Ministério Público, mas o tribunal decidiu que ela deveria ser libertada por não haver sido decretada ordem de detenção. Quando a polícia foi de novo procurar a acusada com ordem de detenção ela já havia fugido para parte incerta.
Esta senhora é um monstro e o vivo exemplo de como o aparelho judicial apenas serve para proteger os que o gerem: as elites do sistema (sejam elas oficiais ou ilegais).
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
JUSTIÇA
Muito se clama por justiça, mas será mesmo justiça o que todos pedem?
Circunstâncias há que de tão perversas nos inspiram fortes sentimentos de repúdio, levando a uma sede de vingança muitas vezes encapuçada em perfis de justiça. Nada pode ser menos justo que a vingança. A justiça também não tem de ser cega, mas não pode ser vingativa. O olho por olho é um princípio pouco ético e nada conforme com uma conduta verdadeiramente elevada em consciência e sabedoria. Sendo a justiça de aplicação posterior ela não pode ser retaliadora.
Sejamos simplistas, ou simplórios como queirais denominar. Um pobre que furta comida para se saciar é um criminoso? O modelo social que não reparte a riqueza por todos os cidadãos, permitindo assim a existência de pobreza e fome, é criminoso? O sistema judicial que liberta um criminoso por falta de preenchimento dos requisitos burocráticos é criminoso?
A justiça punitiva não melhora o perfil da sociedade. É necessário mais que impor temor e aplicar castigo para se conseguir melhorar comportamentos sociais. A justiça mais eficaz é aquela que elimina as condições que propiciam o crime.