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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

7%

7% da população carcerária do Brasil está detida por furto. Entretanto quem rouba milhões e comete grandes crimes anda solto.
Roubas uma galinha para matar a fome e vais comer e dormir com patifes e criminosos de toda a espécie, mas se desviares milhões do erário público e com o lucro do desvio pagares fianças e recursos, ficas em liberdade. É mais que tempo de se dar fim a este sistema viciado e decrépito se se quiser construir uma sociedade justa e de direito.
O sistema carcerário brasileiro está superlotado e em permanente caos administrativo e disciplinar.

Nota: imagens recolhidas da internet através do Google 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

LINDEMBERG

Um rapaz de 22 anos condenou-se a si próprio à privação de liberdade ao ter morto a sua namorada de 15 anos, por não aceitar que ela tivesse terminado o namoro. Agora ele tem 25 anos e ouviu a sentença de 98 anos de reclusão.

Todos condenámos o Lindemberg ao cárcere. Um caso perfeitamente evitável se houvesse uma verdadeira educação de base, que ensinasse aos nossos jovens que uma paixão por alguém não é tudo na vida. Assim se perderam duas vidas: a da vítima e a do assassino.

Numa sociedade machista, com altos níveis de iliteracia e com forçados padrões dogmáticos de comportamento competitivo e prepotente, tais casos são, infelizmente, demasiado comuns. Abusos sobre outrem, perpetrados tanto por adultos como por jovens, são o reflexo duma sociedade mal-estruturada; porque assente numa base de preconceitos que não levam em conta o respeito da dignidade e liberdade de cada um.

Lindemberg cometeu um crime vil, hediondo, que todos assistiram em directo, no voyeurismo carnavalesco dos média que incitam e alimentam a avidez do público pelo escândalo e o excesso. Foi um festival de degradação e horrores que todos quiseram desfrutar, em directo, no conforto dos seus sofás; tanto durante o julgamento do assassino, como, o haviam feito antes, durante a tortura do cárcere da vítima e sua consequente execução.

Eloá morreu aos 15 anos numa patética demonstração de irresponsabilidade, de todos os envolvidos no seu longo e fatídico sequestro. Tanto do seu estouvado assassino (embriagado pelo sucesso da parafernália mediática e policial, montada ao seu redor) como dos agentes negociadores que tão atabalhoadamente conduziram o processo de redenção; tendo chegado mesmo a pôr em risco a vida duma refém anteriormente já libertada.

O espectáculo da popularidade agravou a pena. Tanto pelo desatino que provocou no jovem (vangloriado pela exposição e mobilização mediática) aquando do desastroso evento que culminou no crime, quanto pelo cariz de oportunidade dos julgadores de tornarem o caso exemplar pela exposição.

Um jovem inexperiente e desorientado (além de mal aconselhado) foi sentenciado com penas máximas, quando as prisões estão cheias e outras vezes não (quando se trata de criminosos oriundos de classe alta e com avultados meios financeiros para se esquivar das garras da lei), de casos muito mais pérfidos e cujos praticantes receberam punições mais brandas.

E ainda há quem acredite que a justiça é cega?

Lindemberg Alves, de 25 anos, foi condenado a 98 anos e 10 meses de prisão, pela morte da ex-namorada de 15 anos, entre outros crimes decorridos na mesma circunstância; um episódio de má memória quando ele tinha 22 anos.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

LENDO O JORNAL

"Tribunal sem verba para cumprir sentença" é o título da notícia do Jornal "Público" que vos convido a ler. Aconselho também a leitura dos comentários dos leitores no mesmo site. Eu nem comento a notícia, pois creio que os outros já disseram tudo. (para lerem a notícia cliquem sobre o título da mesma no início deste texto)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ADVOGAR

Ivan, 17 anos. Conhece um homem bastante mais velho, com quem inicia um relacionamento afectivo e com quem vai viver. Seguem-se maus tratos e pancadaria. Ivan é tratado como empregado para todo o serviço e ainda espancado e sujeito a todo tipo de sevícias físicas e morais. Tentou várias vezes afastar-se, mas sem sucesso.

O martírio de Ivan durou seis anos, até ao seu desaparecimento. O companheiro é suspeito de assassínio e ocultação de cadáver. O advogado deste defende-o perante o assédio dos jornalistas: “Que eu saiba nunca foi apresentada queixa-crime por violência domestica”.

E assim segue o mundo na defesa dos prepotentes.

Justiça?! Que é isso???


Nota: Este relato é um excerto ficcionado dum caso real mais complexo e hediondo.

sábado, 8 de maio de 2010

O MONSTRO

Esta senhora chama-se Vera Lúcia Sant’Anna Gomes, tem 57 anos e é procuradora aposentada, com residência no bairro nobre de Ipanema, Rio de Janeiro, num apartamento avaliado em R$1,2 milhão (mais de 500 mil Euros). Tem ainda uma segunda habitação de férias na região de Búzios.

Esta senhora anda fugida à justiça.

Esta senhora é acusada de tortura e racismo.
Esta senhora maltratou uma menina de 2 anos que pretendia adoptar; a criança deu entrada no hospital com os dois olhos inchados e negros de pancada, além de outras escoriações pelo corpo, resultado de maus tratos anteriores e continuados. As acusações de racismo são devidas ao modo como tratava os seus empregados. Todas as acusações são corroboradas por várias testemunhas e registos sonoros das cenas de espancamento e injúria, assim como fotos do estado em que a criança ficou.


Esta senhora rejeitou todas as acusações, menos a de chamar a menina de “cachorra”; pois segundo ela era um apelido carinhoso por gostar muito de cachorros.

Esta senhora havia sido detida pela polícia para ser presente ao juiz, a pedido do Ministério Público, mas o tribunal decidiu que ela deveria ser libertada por não haver sido decretada ordem de detenção. Quando a polícia foi de novo procurar a acusada com ordem de detenção ela já havia fugido para parte incerta.

Esta senhora é um monstro e o vivo exemplo de como o aparelho judicial apenas serve para proteger os que o gerem: as elites do sistema (sejam elas oficiais ou ilegais).

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

JUSTIÇA

Muito se clama por justiça, mas será mesmo justiça o que todos pedem?

Circunstâncias há que de tão perversas nos inspiram fortes sentimentos de repúdio, levando a uma sede de vingança muitas vezes encapuçada em perfis de justiça. Nada pode ser menos justo que a vingança. A justiça também não tem de ser cega, mas não pode ser vingativa. O olho por olho é um princípio pouco ético e nada conforme com uma conduta verdadeiramente elevada em consciência e sabedoria. Sendo a justiça de aplicação posterior ela não pode ser retaliadora.

Sejamos simplistas, ou simplórios como queirais denominar. Um pobre que furta comida para se saciar é um criminoso? O modelo social que não reparte a riqueza por todos os cidadãos, permitindo assim a existência de pobreza e fome, é criminoso? O sistema judicial que liberta um criminoso por falta de preenchimento dos requisitos burocráticos é criminoso?

A justiça punitiva não melhora o perfil da sociedade. É necessário mais que impor temor e aplicar castigo para se conseguir melhorar comportamentos sociais. A justiça mais eficaz é aquela que elimina as condições que propiciam o crime.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

RUFFLES

Uma sandes de fiambre para tomar o Xanax (ansiolítico); a toma vespertina, a segunda do dia.

Depois foi assistir o final do noticiário televisivo, até me vir sentar aos comandos da nave (o meu Macbook).

Passei em revista os trabalhos em curso (ok! tudo baixando direitinho!), que não posso aqui revelar para não ser incriminado por usufruto de propriedade artística sem os pagamentos que os tubarões das editoras roubam para encher as suas fartas panças e depois dão-lhes o nome de: direitos de autor.
Ah! Ah! Ah! Direitos de autor!... Melhor será chamar de espólio dos parasitas que engordam à custa da criatividade alheia.
Toda a indústria do entretenimento é uma imensa farsa de crápulas sem escrúpulos.

A minha mãe nunca recebeu direitos de autor por gerar um génio como eu!

Mas eu estava fazendo outro relato. Retomando... Com um pacote de ruffles (eu prefiro lisas, mas como não haviam...) com sabor a cebola e salsa (prefiro as de sabores a ervas, pelo menos ajudam a disfarçar o gosto de óleo resquentado) de um lado e um copo de pilsen (é uma variedade de cerveja!) Antarctica (a Antarctica não produz apenas refrigerante de guaraná!) do outro lá fui em busca das notícias sobre a greve de fome do actual Presidente da Bolívia Evo Morales.

A banda sonora estava a cargo do Amarok de Mike Oldfield e a cerveja bem geladinha. Hummm!...

Mas voltemos a Evo Morales, um homem que eu muito admiro e mais um exemplo de que este nosso mundo se vai reajustando.
Ao fim de séculos um Inca volta a governar em território Inca!
Um Presidente que não receia recorrer a uma medida extrema e prosaica, a recorrência emocionalmente chantageosa à greve de fome, para conseguir alcançar os seus intentos políticos. Também é um presidente que não receou ir buscar para sua Ministra da Justiça uma empregada doméstica (criada, mulher de limpezas, mulher-a-dias) sem formação académica. Creio nunca a Justiça dum país ter estado mais bem representada e supervisionada.
Não é por ter a cabeça cheia de regras e regulamentos que se percebe melhor qual o verdadeiro sentido que a Justiça deve ter. Por vezes uma mente simples e pura vê muito melhor e mais longe (ou mais fundo), que essas cabeças arvoradas.

Afinal esta sociedade não pretende implantar por todo lado um sistema Democrático em que todos tenham direitos iguais?! Então vamos a isso! Abaixo o ridículo uniforme de gravata e paletó! Abaixo essa corja de pedantes a soldo das grandes corporações, esses que são as verdadeiras rameiras que se vendem sem pudor aos interesses da ganância desmedida.

É tempo de arejar!

É tempo de CRESCER!!!

Pena só ter trazido uma Antarctica. Já tenho a garganta seca.