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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

BASKET OF DEPLORABLES


É necessário repensar a democracia. Nos moldes actuais ela apenas serve o populismo oportunista, sem compromisso nenhum com os destinos das respectivas nações, motivado por projectos pessoais, mais ou menos partidários, de conquista e preservação no poder. O avanço do populismo advém da falta de informação, formação e educação das populações que são convidadas e algumas vezes forçadas (voto obrigatório) a ir votar.
O fenómeno Trump não é isolado, nem é tão imprevisto e surpreendente como por aí se pretende fazer crer. A própria imprensa que tanto se espanta com os “casos Trump” é ela mesma cúmplice de tais fenómenos ao promover uma informação sensacionalista, mais interessada no aumento dos índices de audiência que na prestação duma verdadeira e profícua informação; o que conta é o espectáculo da notícia e não o mérito e interesse da informação propagada.

A política deixou de ser um campo de debate de ideias e ideologias para se tornar uma arena onde se digladiam campanhas de propaganda na mais feroz competitividade dum marketing sem escrúpulos. Nas presentes campanhas eleitorais, amiúde por toda a parte, não se debate nenhum projecto político, apenas se esgrimam ataques e ofensas mais ou menos pessoais. As ideologias estão démodé e desactualizadas porque desfasadas da realidade social e civilizacional vigente. Não que novas ideologias sejam necessárias, mas o que urge são princípios fundamentais que se apliquem a uma justa administração e gestão dos reais interesses das sociedades e nações.

Nota: a imagem foi recolhida na internet através do Google

domingo, 20 de outubro de 2013

O PROBLEMA



Não! Não é o dinheiro! O problema, o mal, é a ganância desmesurada, por trás dos grandes interesses empresariais. O problema é as pessoas não entenderem que o dinheiro é um veículo de interacção e relacionamento humano.

Quando os governantes se deixam manipular pelo empresariado, numa perspectiva eleitoralista, convertendo a política e governação, num mero jogo de interesses corporativos, então o povo está votado à miséria duma existência ignóbil e a memória da nação é descartada como lixo.

Em pleno século XXI, depois do advento das ciências e de todo o saber e conhecimento que elas aportam, ainda continuamos a ser governados por ideologias abstractas, que se digladiam sem o mínimo respeito por aqueles que dizem representar e defender.

sábado, 13 de julho de 2013

DEMOCRACIA (RE)PARTIDA


Os partidos políticos são grandes inimigos da democracia. Eles servem de embuste para forças mais daninhas que se dissimulam no anonimato.


segunda-feira, 8 de julho de 2013

HEIL OBAMA!

Esse senhor da imagem, o maior cínico da política actual, o Hipócrita (de seu cognome), já todos conhecem. Como podemos ver pela imagem, ele se presta a muitas facetas, todas elas imperialistas.

Ele se tornou a grande fraude, quando todos pensaram que por ser negro iria mudar a política dos EUA. Nada disso! Ninguém pode mudar a estratégia hegemónica desse monstro, comandado por interesses capitalistas muito acima das estruturas políticas nacionais.

Esse pilantra devassa a privacidade de todo mundo. Reitero: TODO O MUNDO literalmente (mesmo de comuns mortais como tu e eu). E persegue ferozmente quem denuncia as suas actividades ilícitas e vergonhosas. Actividades que vão contra acordos internacionais de boa convivência, até contra os seus aliados.

Esse desavergonhado manda sequestrar o avião do presidente da república dum país soberano (Bolívia) e os seus lacaios europeus obedecem, com uma submissão nojenta.

Onde está a soberania nacional desses países? Acho que colónias seria o termo mais indicado. Afinal a grandiosa União Europeia não passa dum vassalo sem honra, nem dignidade, da súcia ianque.

Essa criminosa organização gigantesca, que dá pela sigla de EUA (ou USA) cresce em poderio global e todo mundo se acobarda. Será que a propalada globalização não passará dum império mundial, uni nacional, por cobardia abjecta das nações europeias, em nome da preservação duma paz podre e conseguida a troco da escravidão económica?

sábado, 15 de dezembro de 2012

CONSTITUIÇÃO E REALIDADE



Mais uma vez um massacre de inocentes ocorreu nos civilizadíssimos EUA. Mais uma vez, por lá, vozes se levantam, a medo, pedindo um sério e livre debate sobre o direito de porte de armas. A medo porque a sacrossanta Constituição assegura o direito inabalável de todo e qualquer cidadão ser portador de arma de fogo para sua própria protecção. E todos receiam ser considerados traidores se questionarem disposições regulamentadas noutra era, noutros enquadramentos sociais, estratégicos e históricos.

Todos consideram as Constituições nacionais instrumentos sagrados de regulamentação, mas convém não esquecer que não deixam de ser documentos estáticos, parados no tempo, se não forem contemporizados e frequentemente reavaliados perante a realidade do momento. As sociedades são elementos evolutivos que progridem em novos ideais e modelos, pelo que os regulamentos que as ordenam devem ser continuamente actualizados.

Todos sabemos que há sempre quem espreite uma oportunidade de tirar vantagem na tentativa de usurpar poder. Mas não pode ser por isso que se deixará de fazer as devidas avaliações e alterações no que perdeu enquadramento e se desarticulou da realidade. Afinal uma Constituição não deixa de ser um instrumento oportuno, ditado por uma elite que em determinado momento assumiu poder e liderança.

Nada é sagrado, no mundo dos humanos. Inteligência implica observação e julgamento.

sexta-feira, 16 de março de 2012

BRASIL (A FANÁTICA DITADURA EVANGÉLICA)



Mas que circo é este? Se isto não é uma grande palhaçada, afinal o que será?

Fala sério cara, nem o Fellini (Frederico Fellini) iria, nos seus maiores delírios, supor uma aberração tamanha!

Mas que vem a ser isto?
Como espera uma nação, com um congresso dominado por fanáticos religiosos (que controlam mesmo, com rédea curta, as políticas do governo e presidência; vide o acordo que Dilma assinou com a bancada parlamentar evangélica, para conseguir ser eleita Presidente), ser levada a sério num mundo que procura liberdade e respeito pela diversidade?

Isto não é liberdade de expressão, pois um Congresso Nacional (ou um Parlamento) não é espaço para pregação religiosa! Além de que estes senhores, que se dizem seguidores e arautos de Cristo, são, neste país, os mais instigadores ao ódio e à violência social, em perseguição aberta e publicamente incentivada, contra todos aqueles que não se enquadrem nos seus exíguos e dementes padrões mais que obsoletos.

O fanatismo evangélico, mais o seu imenso mercantilismo religioso, são o maior entrave ao desenvolvimento do povo e da nação brasileira!

Vergonha:

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

DESCENTRALIZAÇÃO


No passado mês de Dezembro apresentei aqui o meu desalento por ter sido rejeitado o projecto de criação do estado de Tapajós. Acredito que a democracia deve ser um contínuo processo de descentralização de poder, para que ele cada vez esteja mais no domínio dos verdadeiros interessados: os cidadãos. Daí ter entendido a rejeição da divisão do estado do Pará como um retrocesso democrático e uma prevalência do espírito imperialista que ainda domina tanto a política como a sociedade brasileira.

No presente eu moro no Brasil, no estado de Pernambuco, na cidade de Recife. E é partindo da observação dos processos de gestão local, que essa minha realidade me permite, que elaboro esta minha reflexão.

Uma sociedade democrática não pode ser centralizadora. Centralização de poder é sintoma de imperialismo. Não basta apenas derrubar as monarquias e promover eleições republicanas para se afirmar que se vive em países democráticos. É necessário rever todo o sistema administrativo duma nação para se poder falar em democracia e verdadeira participação do povo no seu próprio destino.

Não é centralizando o poder em capitais distantes, ou mesmo próximas, que se consegue uma melhor gestão social e territorial, ou se combate a corrupção. É necessária uma revolução administrativa. Essa revolução tem de conduzir até à descentralização administrativa dos poderes municipais. Criar órgãos políticos junto às populações, bairro a bairro: o chamado poder local. Quanto mais próximas e envolvidas as pessoas estiverem dos decisores políticos, maior o controlo que elas têm sobre todos os processos de gestão que lhes digam respeito, assim como sobre algum possível caso de corrupção. Sendo que, a eleição desses cargos deve ser popular e local, não por nomeação superior.

Vivemos numa época de quebra de dogmas. O paternalismo do poder centralizador é um modelo obsoleto e que já provou ser ineficaz para a satisfação dos direitos de todos. Temos de aprender novos modos de fazer e estar. Temos de assumir a direcção do nosso destino. Temos todos o direito de participar da orientação do rumo das nossas vidas e das condições do nosso quotidiano.



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

REPÚBLICAS?!

Cristina Kirchner, Presidente da República Argentina

Trono, faixa, ceptro, só falta mesmo a coroa para se fazer passar por uma rainha.

Mas não é este o único caso, nem o único aspecto que faz com que as ditas repúblicas se assemelhem a monarquias electivas. Há todo um vício de mordomias que depois da abolição das monarquias não foram abolidas nem erradicadas.

Os monarcas e suas cortes, foram substituídos por presidentes e suas elites políticas republicanas; muitas vezes até com privilégios hereditários. E tanto em regimes de direita como de esquerda!

Não passam de uma corja de farsantes oportunistas!

Para quando um revisão profunda dos vícios governativos de muitíssimas das repúblicas actuais? Para quando o fim dos privilégios e mordomias dos políticos, que juram estar ao serviço dos povos e das nações, mas cobram muito caro por tais serviços? Para quando o fim destas democracias republicanas, nas quais o último a mandar é o povo?

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

QUOTIDIANOS - IN THE SPOT

Um cretino ganha balúrdios para levar a malta a divertir-se no mar, esquecendo que são os passageiros que estão lá para se divertir e não ele. Faz uma série de burrices e quando a coisa fica preta diz que num balanço brusco do navio ele caiu directamente num bote salva-vidas. Milagre! Entretanto o navio naufraga com milhares de pessoas a bordo e a morte de um número ainda não determinado delas. Chocado o chefe da capitania próxima, que testemunha tudo ao vivo, berra ao telefone, para o cobarde capitão da nave: “Vada bordo! Vada bordo, cazzo!” Para assim assumir o resgate dos náufragos que estavam sob a sua responsabilidade.

O apelo virou bordão que denuncia a incompetência e cobardia dum títere ao serviço de mais uma indústria de ganhar dinheiro fácil.


Em Goiana, Pernambuco, Brasil, dum dia para outro uma fonte, que abastecia cerca de cinquenta famílias nas redondezas, desata a jorrar água de cor vermelha. Vai daí a populaça desatina e declara a água como milagrosa e logo se começam organizando romarias para beberricar e recolher a suposta água abençoada. Até que as autoridade sanitárias sabendo do caso interditam a fonte e fazem recolha de amostras para análise declarando numa primeira apreciação que se constatam vestígios de coliformes fecais (que seja lá o que for não tem um nome muito asseado).

Mas será que ninguém consegue pôr um pouco de tino nas cabeças desse povinho analfabeto de que nem tudo é obra dum deus milagroso? E que todo o ser humano é dotado dum cérebro para pensar?


A investida brutal do capitalismo contra a liberdade de comunicação iniciou a sua guerra. Quando no congresso americano se preparam leis para limitar a circulação de ficheiros e informação na internet (ou seja, tentam legalizar a censura) o FBI fecha as instalações da MEGAUPLOAD e arrastam os seus fundadores e gestores para os tribunais onde serão dilacerados pelas sanguessugas das indústrias discográficas e cinematográficas.

Pessoal internético, é hora de deixarmos de ingenuidades obtusas e tontices parvas e começar a abrir os olhos para preservar a nossa liberdade de acesso e informação na internet! Deixemos de ingenuidades de que a política é só para os políticos, Senão um dia chegará em que para termos acesso à internet precisaremos de autorização judicial.

ABRAM OS OLHOS! VADA BORDO, TUTTI! CAZZO!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

DO NOSSO MUNDO

Os senhores da guerra



Quem é o burro?



Novas escravaturas, novos holocaustos



"Um dia os pobres não terão mais nada para comer senão os ricos."


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

LUTO POR TAPAJÓS E CARAJÁS


Mais uma vez a propaganda falaciosa e a democracia cínica ludibriaram o povo em proveito de interesses obscuros e neo-colonialistas. A emancipação dos povos e seu desenvolvimento foram de novo esmagados pela traição do poder centralizador e interesses corporativos e empresariais.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

MOMENTO GLOBAL, SIMPLES


A Europa escorrega, tropeça, cambaleia, como um bêbado que já esqueceu à muito o que é estar sóbrio. A crise económica alastra como uma pandemia de gripe e ameaça deitar por terra o diamante oco esculpido em orgulho e ambição, que foi um projecto europeu sempre adiado e condenado, por já levar no seu ventre as vozes da discórdia daqueles que quiseram estar sem ser.

Os EUA andam aos tombos, a reboque da alcateia que soltaram e que não mais conseguiram controlar. Cão que devora a mão que lhe dá de comer. Continuam apostando no cavalo errado e condenando o alazão ao açougue. Pela trela daqueles que dizem proteger vão acicatando ódios aqui e além para manter os lucros da sua imensa industria de guerra em alta.

Rússia e China continuam do mesmo lado, negando que estejam. E ameaçando pegar em armas por dá cá aquela palha, correspondendo do modo previsto ao sinal previamente combinado por baixo das obscuras e pútridas mesas duma diplomacia de enganar tolos.

Pelo meio aparecem uns palhaços contratados na esquina das esmolas, para atiçarem o povo besta a deitar fogo à palha ressequida.

E assim vai o mundo caminhando no fio da navalha, com a promessa duma salvação que nunca o será, pois os loucos podem até ser felizes, mas os tolos é que nunca o serão.

Vamos então passear no shopping, pois o fim de semana está aí!


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

É FARTAR Ó VILANAGEM!

Em São Paulo (Brasil) há um impostómetro que regista em tempo real o total de impostos pagos às finanças federais, estaduais e municipais pela população brasileira no decorrer no ano. Esse contador registou ontem a cifra do trilião.
Ora com montantes de tal envergadura, não há cáfila de políticos corruptos que não afie o dente e se faça ao lance.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

NUM DIA DE SOL...

Na democracia o governo deverá ser de todos. A população não deverá delegar apenas a sua vontade no poder dos governantes, comportando-se assim como elemento passivo em regime totalitário. “Há que governar com inteligência” e para tal deverá haver o empenho de toda a população.

Não basta ficar na expectativa de legislações vindas de cima para encetar comportamentos inteligentes e de benefício geral. As populações devem tomar em mãos os destinos das suas vidas e empenhar-se por mudar hábitos e atitudes em função dos resultados ambicionados por todos. Maus hábitos não se mudam por decreto, mas por vontade e auto-educação.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

GLOBALIZAÇÃO: SOUVENIRS


O Algarve tem uma deliciosa doçaria tradicional à base de figos, amêndoas, doce de gila, ovos e outras iguarias locais. Mas a entrada precipitada e vesga de ganância, nos mercados globalizados atropela tudo e todos, nomeadamente os pequenos produtores artesanais, que se vêm sufocados por uma pesadíssima regulamentação e uma apertadíssima fiscalização, pensadas segundo padrões de grande produção industrializada.
Vejam (leiam as etiquetas das fotos) o resultado duma globalização insana de ganância e sem escrúpulos.

Figos da Turquia e amêndoas dos States?!... É o que resulta duma integração torpe nos mercados globais e numa regulamentação macrocéfala europeia.

Os governantes portugueses (para quem interessam mais os números das estatísticas das comissões europeias que o bem estar da sua população) ainda não quiseram procurar o equilíbrio entre a excessiva regulamentação e o apoio aos pequenos empresários de raiz tradicional; os verdadeiros artesãos que poderiam manter vivas as verdadeiras tradições gastronómicas.

É necessária uma regulamentação rígida para salvaguardar a higiene e sanidade dos produtos gastronómicos, tanto os de origem industrial como artesanal, mas também que saiba preservar e salvaguardar a sobrevivência comercial dos pequenos produtores. Num sistema económico liderado pela ganância dos mais poderosos será apenas a muito custo político que essa salvaguarda será assegurada.

Nota: o Algarve sempre foi um região conhecida como terra de figueiras e amendoeiras.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

PEÇO ESCLARECIMENTO

Se nasci num mundo heterossexual, fui educado por heterossexuais, andei em escolas com professores heterossexuais sob um regime definido por princípios heterossexuais e sempre me impuseram modelos heterossexuais sob ameaça de perseguição e aviltamento... porque razão eu sou homossexual???

Já me satura ouvir tanta gente preocupada com o que eu faço com os meus genitais! Não haverá nada mais premente e vital para o bem estar da humanidade??? Não será mais importante resgatar os pobres da miséria e os infelizes da injustiça? Não será mais importante acabar com as guerras e trazer paz ao mundo?

sábado, 5 de fevereiro de 2011

REVOLUÇÃO XXI

Mudam-se os tempos, mudam-se os modos. Este processo revolucionário egípcio tem apresentado muitas pistas para reflexão. Uma delas é a utilização das novas tecnologias de informação e o conhecimento de como a imagem pode ser fundamental. Tanto a imagem fotográfica, quanto a imagem comportamental.

Os manifestantes anti-regime, tentam manter a sua sublevação num perfil de protesto ordeiro. O seu esforço em manter as manifestações dentro dos padrões de civilidade que a opinião pública internacional espera e aprecia, tem sido evidente. A sua capacidade de apelo e direcção das multidões tem sido notória, demonstrando uma lição muito bem aprendida com vários exemplos do passado. Saber condenar os comportamentos dos tiranos, sem deixar rasto de comportamentos condenáveis.

A exibição de cartazes numa língua internacional (inglês) mostra o quão conscientes estão de que a opinião e solidariedade global poderão fazer a diferença para o sucesso da sua iniciativa. Dando uma imagem de habilitados a uma democracia lavadinha podem angariar a simpatia e apoio de governantes estrangeiros e diplomatas que farão o seu papel de pressionadores, fiscalizados pelas suas respectivas opiniões públicas nacionais.

Mas também muito do que se tem visto é possível devido ao profundo espírito comunitário que anima esses povos, em contraste com o perfil individualista e egocêntrico da nossa cultura ocidental. À muito que perdemos o sentido comunitário e vivemos numa obsessão de auto-satisfação. Talvez resida aí a completa apatia das populações europeias perante os processos eleitorais, que se testemunha em elevadíssimas taxas de abstenção. Quem vemos nós mais frequentemente nos movimentos populares de contestação na Europa? Emigrantes vindos do norte de África. Os europeus e outros povos ocidentalizados, acomodados nos seus ideais de classe média desencantada ficam nas suas poltronas frente ao televisor assistindo com enfado, enquanto esperam mais um talk-show mundano, um desafio futebolístico, ou essas infindáveis telenovelas anestesiadoras e viciantes. Não é desinteresse, é uma apatia dormente e patológica.

domingo, 17 de outubro de 2010

MINAS

Assistimos recentemente ao extraordinário e feliz resgate de vítimas dum acidente numa mina no Chile. Todo mundo se comoveu com o exemplar salvamento daqueles homens. Um exemplo de referência e que deveria ser aprendido como lição pelos governos de outros países e pelos proprietários de empresas de mineração.

Entretanto mais dois acidentes graves em minas ocorreram; um no Equador e outro (mais outro!) na China. E, de novo, as costumeiras inaptidão e desinteresse dos responsáveis revelou-se grosseiramente.

As causas do número de mortes ser elevado já todos sabemos. As condições de trabalho pouco se alteraram em séculos. Num mundo que se vangloria dos desenvolvimentos tecnológicos e onde já se constroem robots para servir chá e bolos com a melhor das delicadezas e simpatias, chegando mesmo a ensaiar pequenos excertos de conversação com os humanos, continuamos a ver os nossos irmãos de espécie tratados como os escravos que são.

Até quando vamos ficar espezinhados pela pata alarve dos grandes empresários, senhores de todos os direitos e a quem tudo é permitido? Até quando as nossas vidas humanas valerão menos que a ganância de lucro dessas criaturas nefandas que são os empresários e investidores? Até quando vamos assistir à cobardia desavergonhada de governantes ditos democráticos que foram eleitos pelo voto do povo e a quem juraram servir, mas que na verdade não passam de títeres nas rédeas dos senhores da finança? Até quando vamos ter de suportar esta merda de caos em que se estão a tornar as sociedades desta civilização urbana que despreza tudo que não seja o seu quotidiano mesquinho?

Chegou a hora de dar um BASTA! nesta imundice de civilização decadente. Os sinais estão por aí em todo o lado e prometem que vai ser duro. Duro a valer! Preparem-se pois a coisa só vai piorar!

Como dizia a outra: Isto já não vai às palmas, isto agora só vai às palmadas!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

MOMENTO POLÍTICO

Charge de Fernandes para o Diário do ABC, SP

Dilma é uma “testa-de-ferro” dum obscuro grupo que se movimenta na sombra e dirige os destinos do país. Serra tem basta experiência governativa, mas é mole para o combate. A truculência que Dilma extravasa, tem Serra em completa ausência.

Entretanto distrai-se as massas com o logro do palhaço que todos querem saber se é analfabeto ou não. Se é mesmo imperativo um político no Brasil ser alfabetizado porque não se procede a essa verificação no momento da candidatura às eleições? Porque vêm depois de fechadas as urnas, contados os votos e concluído ter sido o deputado mais votado, querer saber se o mesmo é ou não analfabeto? Má fé! Só pode ser por má fé. Pois assim vão-se buscar votos para outros que de outro modo não os alcançariam. Isto eu chamo de corrupção legal. Como disse o presidente que se prepara para sair (o cidadão Lula), noutro contexto mas justificando outra falcatrua cometida pelos seus correligionários; “é imoral, mas a lei permite”. E com o aproveitamento malicioso dos buracos da lei, se vai construindo um país de imoralidade e corrupção permitidas e legalizadas. É podre!

Há derrotas que são vitórias e a eliminação de Marina Silva na primeira ronda das presidenciais teve um retumbante sucesso de vitória. Além de ter impossibilitado a eleição de Dilma na primeira volta, ela ainda ganhou o privilégio de atribuir a vitória a qualquer um dos concorrentes. Resta a estes terem a inteligência de negociar com ela contrapartidas políticas.

Marina Silva foi dos três que durante a campanha da primeira volta se apresentou com uma postura de debate de ideias, enquanto os outros dois mantinham um estafado discurso de estado. O voto em Marina foi um voto opcional de quem analisou a situação e decidiu com inteligência. Não foi um voto de cor partidária. Depois de ter sido derrotada ainda é Marina quem tem nas suas mãos a decisão dos destinos da futura presidência do Brasil. Embora os seus eleitores sejam votantes autónomos e voluntariosos, a decisão da ambientalista em apoiar ou não um dos actuais candidatos pode influir bastante na tendência dos indecisos.

Esperar para ver.