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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

BASKET OF DEPLORABLES


É necessário repensar a democracia. Nos moldes actuais ela apenas serve o populismo oportunista, sem compromisso nenhum com os destinos das respectivas nações, motivado por projectos pessoais, mais ou menos partidários, de conquista e preservação no poder. O avanço do populismo advém da falta de informação, formação e educação das populações que são convidadas e algumas vezes forçadas (voto obrigatório) a ir votar.
O fenómeno Trump não é isolado, nem é tão imprevisto e surpreendente como por aí se pretende fazer crer. A própria imprensa que tanto se espanta com os “casos Trump” é ela mesma cúmplice de tais fenómenos ao promover uma informação sensacionalista, mais interessada no aumento dos índices de audiência que na prestação duma verdadeira e profícua informação; o que conta é o espectáculo da notícia e não o mérito e interesse da informação propagada.

A política deixou de ser um campo de debate de ideias e ideologias para se tornar uma arena onde se digladiam campanhas de propaganda na mais feroz competitividade dum marketing sem escrúpulos. Nas presentes campanhas eleitorais, amiúde por toda a parte, não se debate nenhum projecto político, apenas se esgrimam ataques e ofensas mais ou menos pessoais. As ideologias estão démodé e desactualizadas porque desfasadas da realidade social e civilizacional vigente. Não que novas ideologias sejam necessárias, mas o que urge são princípios fundamentais que se apliquem a uma justa administração e gestão dos reais interesses das sociedades e nações.

Nota: a imagem foi recolhida na internet através do Google

domingo, 17 de abril de 2011

domingo, 20 de março de 2011

HIPOCRISIA E INGENUIDADE

Vamos começar a usar o raciocínio e deixar de ter arroubos dramáticos perante propaganda duvidosa!

Então o que querem os senhores da Liga Árabe? Não creio que eles supusessem que uma intervenção militar seria ficarmos sentados esperando que o senhor Gaddafi desbaratasse o seu próprio povo na sua tentativa assassina para se manter no poder, num gesto de estúpida e arrogante prepotência.

Exclusão aérea e bláh-bláh-bláh! Mas quem se convence que exclusão aérea é apenas pedir por favor ao senhor carniceiro que não levante os seus aviões do solo e permitir que ele bombardeie as suas populações com tanques e artilharia terrestre?

Baseada em imagens divulgadas pela propagandística televisão líbia, sem confirmação independente, a Liga Árabe vem agora reclamar que não era isto que apoiava. Mas querem nos fazer acreditar que apoiaram uma acção militar sem saberem os contornos e planos de acção dessa intervenção? Chamem-me parvo, mas não me chamem estúpido!

Os senhores da Liga Árabe sabiam muito bem (conhecem muito bem esses truques de propaganda por mote próprio) que o facínora iria intensificar os seus ataques dissimuladamente para depois apresentar os destroços e vítimas como alvos dos ataques da Coligação Internacional. É um truque muito usado por regimes de propaganda naquelas bandas e em regimes totalitários e ditatoriais em geral. Assim como o subterfúgio infame de usarem populações civis como escudo de protecção às suas instalações militares.

Se os senhores da Liga árabe estão tão preocupados com a integridade física das populações, porque não se erguem contra os regimes opressores dentro do seu próprio Conselho perante o clamor das populações violentadas e metralhadas no Yémen e Bahrein? Porque não vão eles até Tripoli exigir ao carniceiro Gaddafi que se demita e pare de perseguir e alvejar o seu próprio povo, dando assim fim a esta carnificina? Afinal onde está a misericórdia desses senhores quando se trata de defender as suas populações e os direitos humanos nos seus próprios países?

Quanto aos protestos russos... (já não esperávamos outra coisa). Se se abstiveram de votar no Conselho de Segurança da ONU, então que se abstenham agora de propaganda rasca! Eles têm feito o mesmo e muito pior no seu território e dos vizinhos (vide Geórgia e Tchetchénia). Shame on you, Medvedev & Putin!

Os jornalistas estrangeiros têm sido impedidos, pelo regime de Gaddafi, de visitarem as zonas bombardeadas pela Coligação Internacional, assim como de visitarem os hospitais para observarem os feridos dos bombardeamentos. Apenas um grupo de seleccionados jornalistas foram conduzidos a um funeral colectivo de alegadas vítimas dos bombardeamentos.

É ignóbil como estes senhores do poder ignoram os direitos humanos nos seus países, mas depois vêm reclamar dos outros o respeito desses direitos.

Nota: a grafia dos nomes estrangeiros é de minha livre opção, independente de convenções ortográficas.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

OSCARES

E tudo parou para assistir a mais uma demonstração do imenso narcisismo hollywoodesco. Aquilo não é um festival de cinema! Não passa dum mero desfile de vaidades e auto-promoção duma cultura decadente.

Não entendo como pode ficar meio mundo na expectativa dum eventozinho ianque de trazer por casa. Há tanta coisa boa neste mundo para ver e o pessoal ludibriado com falsos faustos encenados para iludir pacóvios!

E assim se vai disseminando esta criminosa e sub-reptícia cultura da subordinação aos interesses imperialistas estado-unidenses.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

NÃO ME INTERESSA!

Como dizia o outro: “Really my dear, I don’t give a damn!”

Não quero saber disso para nada! Estou-me nas tintas!

Não me interessa se o padeiro escolheu para votar um político mais corrupto que aquele em que vota o homem do gás. Não quero saber se quem conduz o carro é Jesus, Jeová ou o Génio da Lâmpada. Que tenho eu a ver com o que cada um escolhe para ser burlado ou para se alienar? Eu nada perguntei!

Mas esta gente não conhece o que é privacidade e intimidade? Já não falo do respeito pela privacidade deles, mas a dos outros. A minha! Quando sou constantemente bombardeado por propaganda politica ou religiosa afixada nos carros que passam por mim na rua, é a minha privacidade que está sendo violada. Eu tenho o direito de ficar na ignorância sobre as escolhas de cada um. Não me dizem respeito! Não são da minha conta! Não tenho nada a ver com isso. Não me interessa o que fazem das suas vidas, nem o quão idiotas possam ser!

Passa outro veículo com um autocolante: “Deus é fiel!” Deus é fiel?! Eu sempre ouvi dizer que os aduladores é que deveriam ser fiéis; agora se o adulado passou a subalterno...

Há uma euforia demasiada que perverte todo o sentido primordial das coisas. Todo mundo anseia por espectáculo e promoção pessoal. Todos querem assumir o papel de pequenas estrelas da fama. Mas o único papel que garantem é o de ridículos inconvenientes.

A política é para ser debatida, não para ser vendida como banana em promoção. Assim como a religião é uma experiência de elevação espiritual individual, não é para ser banalizada como um slogan futebolístico. Seria bem melhor que todos ganhassem um pouco de aprumo e deixassem de agir tolamente como se a vida fosse um contínuo carnaval.


Este faz propaganda ao político e ao negócio do político.

Alguns vêm em duplas

Eu antes diria "Valha-me deus!"

O fox do outro, só que ainda não é vermelho.

E no párabrisas em frente ao motorista!...

E para terminar o novo serviço, não de fast-food mas de fast-prayer
Como diria o outro: Espectáculo!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

DESCONFORTO

8.00h. Manhã ensolarada e promissora de mais um agradável dia, sem a contínua e maçadora chuva tropical. Mas... Oh, não! Lá vem ele de novo! O camião da distribuição de gás. Vem em marcha lenta, como sempre, para dar tempo a que alguém chame para comprar um bilha (botijão) de gás. Entretanto, do megafone instalado sobre a cabina do motorista e do ajudante, troa um forró rafeiro intervalado pela voz dum locutor berrando as vantagens do produto que ali se vende. Hum!... Serei o único que se incomoda com tal despropósito de poluição sonora? Parece que sim, pois ao que me foi dado constatar neste ano e meio que aqui vivo “poluição sonora” é coisa que não faz parte do vocabulário destas gentes.

E não é só o camião do gás...! Vem também um homenzinho numa bicicleta, pedalando em conveniente marcha lenta. No veículo, para infernizar mais ainda a pacatez duma vida de bairro residencial pois claro, foram previamente instaladas umas enormes caixas com altifalantes que vociferam em altos decibéis os tentadores preços do mercadinho na rua de trás. É por demais evidente que a engenhosa instalação sonora debita também o infame forró.

Julgam que ficamos por aqui?! Não! Ainda vem a pic-up de distribuição de garrafões (botijões; aqui é tudo botijão) de água de mesa. Obviamente que também se faz anunciar com o estrondoso e indesejado forró, tentando cativar as preferências de novos clientes e manter a fidelidade dos antigos, através da recordação da sua incómoda existência. E há o vendedor de fruta. E há o vendedor de bolachas, biscoitos e bolinhos. E há o vendedor de plásticos e demais tralha domestica. E há o vendedor de lençóis, atoalhados e demais panos para a casa. E há... E há... E há... Todos eles se anunciando invariavelmente com o forró de mau-gosto, em decibéis muito acima do permitido em qualquer país que preze pela qualidade de vida dos seus cidadãos.

Convém não esquecer os domingos, quando os vizinhos descem até à rua e frente à fachada do prédio, ficam conversando em roda, de cerveja na mão, ao lado do carro de portas abertas para deixar sair o som da aparelhagem sonora e que vocifera o invariável forró em altos berros. Julgarão eles que os demais vizinhos não terão aparelhagem sonora em casa para poderem ouvir música? Não sei. Mas sei que mesmo que eles tivessem o mesmo gosto musical que eu, eu preferiria ouvir a música que eu escolhesse no momento e nunca a que me seria imposta.

Enfim, apontamentos da vida dum estrangeiro em terras do Brasil. País que é um sucesso de desenvolvimento económico a nível mundial. Melhor seria que também fosse um sucesso na qualidade de vida dos seus cidadãos.

Como isso se alcança? Qualidade de vida? A resposta é bem simples: EDUCAÇÃO CÍVICA.