sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

CELEBRANDO V

E continuando a nossa celebração da música e da alegria de viver, prosseguimos com as nossas audições de alguns momentos de elevada inspiração dos excelentes Proms.
Durante a minha adolescência, em Portugal, eu assistia anualmente à transmissão televisiva do concerto final dos Proms. Era sempre uma sessão emocionante e arrebatadora. Depois instalou-se a ditadura da luta pelas audiências e os programas de qualidade foram preteridos em favor da baixaria e vulgaridade.

Hoje voamos nas asas da águia-de-cabeça-branca e vamos visitar as extensas pradarias de Oklahoma, em mais uma arrebatada interpretação desse tema famoso da dupla Rodgers and Hammerstein.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

CELEBRANDO IV

Richard Wagner foi um génio da ópera. Baseando-se no imaginário popular e místico, assim como nas lendas e mitologias religiosas, dos povos germânicos ele criou deslumbrantes obras que dum modo ou outro se eternizaram na memória colectiva de diferentes povos. Quem não conhece os Coros Nupciais (ou Marcha Nupcial) da ópera Lohengrin?

Porque a vida também é feita de tranquilidade e momentos de recolhimento e elevação espiritual... Glorinha, esta é para fechar os olhos e voar bem alto! Os Proms também nos proporcionam momentos de uma leveza etérea e uma interioridade terna e suave.

CELEBRANDO III

Ilhados, mas não esquecidos, os britânicos sempre souberam fazer da sua existência como nação um mito envolto em lendas. De geração em geração essa galhardia é preservada com orgulho e arrebatamento.

Deixemos, hoje, os jovens britânicos mostrarem como se preservam tradições que unem uma nação, que vem dum rico passado a ser projectado num ambicionado glorioso futuro.

Ainda a alegria da vida na alegria dos Proms. Juntemo-nos ao coro com a Glorinha. E os que não souberem a letra; trauteiem, ou acompanhem com o ritmo de palmas.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

CELEBRANDO II

Continuando com a nossa celebração da alegria da vida, vamos hoje assistir a uma Grande Abertura: "A Grand, Grand Overture" de Malcolm Arnold.

Ok! Eu sei que uma abertura é suposto ser apresentada no início (deveria ter sido no primeiro CELEBRANDO), mas isto aqui é mesmo os Proms... Nem tudo está sempre onde nós esperaríamos que estivesse.
E, tratando-se dos Proms, creio que nem preciso chamar a atenção para certas peculiaridades da execução e apresentação. É ficar atento e soltar a boa disposição.

Vamos lá Glorinha, senta-te aqui connosco na primeira fila e... Toque a banda! Ou será: Toque a orquestra! Bem, neste caso talvez se possa dizer: Toquem os aspiradores!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

CELEBRANDO I

A vida é um livro com as folhas ao vento. Volteamos para cá e para lá ao sabor da brisa. O destino é uma descoberta constante, da calmaria ao rodar a esquina de cada tempestade.
Mantenhamos o foco no horizonte e caminhamos sem receio.

Convido todos vós a celebrarmos a alegria da vida junto com a nossa amiga Glorinha do Café com Bolo e Glorinha, que presentemente atravessa uma dolorosa prova de vida, mas que superará com sucesso na companhia de todos nós, com amor e carinho. Durante sete dias vamos assistir à celebração da vida com a excelência das interpretações irreverentes e entusiásticas dos concertos Proms festejados anualmente por todo o Reino Unido.

Comecemos com um arranjo de Julian Milone, para orquestra e trumpete (Alison Balson), do "Libertango" de Astor Piazzola.
Chamo a vossa atenção para o colorido ambiente descontraído e informal tão característico dos concertos Proms. Divirtam-se! C'est la vie!

Um grande beijo Glorinha! Estamos contigo na tua luta!


sábado, 24 de dezembro de 2011

FESTAS FELIZES


Com o meu habitual e tradicional cartão de boas festas, venho desejar a todos vós uma quadra festiva feliz e bem aventurada.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O MONSTRO

NÃO! Não, o monstro não é esse simpático cachorrinho na foto! Nem é ele a vítima do monstro. Ele é apenas um exemplar da raça yorkshire, que escolhi aleatoriamente para ilustrar o caso de que venho falar.

Um cachorrinho yorkshire foi, à dois dias, espancado e torturado até à morte pela sua tratadora de 22 anos, perante o olhar da sua filha de 2 anos. Uma pessoa que faz isso é um monstro!

Essa pessoa chama-se Camila Corrêa Alves de Moura Araujo dos Santos, é enfermeira, casada com um médico e vive em Formosa, uma cidade do estado de Goiás, Brasil.

O caso teria passado despercebido e caído no esquecimento, se alguém na vizinhança não tivesse filmado a cena e divulgado na internet. Tem feito muito alvoroço nas redes sociais e motivado uma forte corrente de indignação e repúdio com fortes apelos a que as autoridades policiais e judiciais actuem com firmeza e até dureza.

Além de toda a cena ser chocante (o vídeo está disponível no Youtube), ainda é mais infame por ter sido testemunhada in loco por uma criança de apenas 2 anos. Como se pode permitir que alguém com uma índole tão descontrolada e violenta tenha a guarda duma criança? A quem estão entregues as crianças hoje? Como pode alguém com a profissão de enfermagem ser tão desapiedado?

Não se trata de um brutamontes de classe baixa, sem educação nem estudos, oriundo duma obscura favela. Muitos desses brutamontes são bem mais compassivos e dedicados que essa besta. Muitos desses brutamontes são mais humanos que esse monstro. Muitos desses brutamontes são bem mais educados que essa criatura. Não é uma questão de classe social ou de dificuldades materiais e financeiras.

É uma questão de má formação e incapacidade para lidar com a realidade. Uma questão muito comum nos dias que correm: a incapacidade notória de muitos indivíduos lidarem com as realidades que adquirem para o seu quotidiano, por uma deficiente formação e educação.

Não sabem o que querem e ambicionam mais do que estão preparados para suportar. Isso porque cada vez menos são apresentados limites durante a formação e educação duma criança. Cada vez mais encontramos adultos impreparados e infantilizados fingindo assumir responsabilidades que não têm a mínima noção do que sejam. E assim, passando a deficiência de geração em geração, a cadeia vai-se preservando tosca e deformada.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

CAVALO À SOLTA



Poema de Ary dos Santos, música e interpretação de Fernando Tordo.

Cavalo À Solta

Minha laranja amarga e doce
Meu poema feito de gomos de saudade
Minha pena pesada e leve
Secreta e pura
Minha passagem para o breve
Breve instante da loucura
Minha ousadia, meu galope, minha rédia,
Meu potro doido, minha chama,
Minha réstia de luz intensa, de voz aberta
Minha denúncia do que pensa
Do que sente a gente certa
Em ti respiro, em ti eu provo
Por ti consigo esta força que de novo
Em ti persigo, em ti percorro
Cavalo à solta pela margem do teu corpo
Minha alegria, minha amargura,
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha laranja amarga e doce
Minha espada, meu poema feito de dois gumes
Tudo ou nada
Por ti renego, por ti aceito
Este corcel que não sossego
À desfilada no meu peito
Por isso digo canção castigo
Amêndoa, travo, corpo, alma
Amante, amigo
Por isso canto, por isso digo
Alpendre, casa, cama, arca do meu trigo
Minha alegria, minha amargura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia, minha aventura
Minha coragem de correr contra a ternura

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

LUTO POR TAPAJÓS E CARAJÁS


Mais uma vez a propaganda falaciosa e a democracia cínica ludibriaram o povo em proveito de interesses obscuros e neo-colonialistas. A emancipação dos povos e seu desenvolvimento foram de novo esmagados pela traição do poder centralizador e interesses corporativos e empresariais.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

MOMENTO GLOBAL, SIMPLES


A Europa escorrega, tropeça, cambaleia, como um bêbado que já esqueceu à muito o que é estar sóbrio. A crise económica alastra como uma pandemia de gripe e ameaça deitar por terra o diamante oco esculpido em orgulho e ambição, que foi um projecto europeu sempre adiado e condenado, por já levar no seu ventre as vozes da discórdia daqueles que quiseram estar sem ser.

Os EUA andam aos tombos, a reboque da alcateia que soltaram e que não mais conseguiram controlar. Cão que devora a mão que lhe dá de comer. Continuam apostando no cavalo errado e condenando o alazão ao açougue. Pela trela daqueles que dizem proteger vão acicatando ódios aqui e além para manter os lucros da sua imensa industria de guerra em alta.

Rússia e China continuam do mesmo lado, negando que estejam. E ameaçando pegar em armas por dá cá aquela palha, correspondendo do modo previsto ao sinal previamente combinado por baixo das obscuras e pútridas mesas duma diplomacia de enganar tolos.

Pelo meio aparecem uns palhaços contratados na esquina das esmolas, para atiçarem o povo besta a deitar fogo à palha ressequida.

E assim vai o mundo caminhando no fio da navalha, com a promessa duma salvação que nunca o será, pois os loucos podem até ser felizes, mas os tolos é que nunca o serão.

Vamos então passear no shopping, pois o fim de semana está aí!


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

CONCEITOS

"Esta foto foi considerada não obscena num Tribunal Federal"

Conceitos, preconceitos, moralismos...

Eu também considero que a foto acima nada tem de obsceno. Afinal porque será o corpo humano obsceno? Porque será a nudez masculina, ou feminina, obscena? Debaixo das nossas vestes, mais simbolistas que funcionais, todos somos um corpo com uma anatomia que se repete de indivíduo para indivíduo.

Porquê o medo da nudez? Sendo a nudez um símbolo para verdade, será por isso que é tão receada?

E os moralismos? Quem define e a quem serve a moral? Sim, eu referi "a quem serve" e não "a que serve".

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CRISTIANO RONALDO


O que sempre me cativou nele foi essa cara de miúdo de favela, que ele é.


Estas duas fotos (acima e abaixo) foram feitas no Lavradio, onde eu morei em Portugal. As chaminés e torres industriais, que se vêm na foto de cima, são dum complexo fabril onde eu trabalhei.



E porque não fazer um post com quatro fotos do Cristiano Ronaldo? Vocês têm algum problema com isso? Eu não!