Gostei do que vi; a adesão completa duma população heterogénea e disposta a participar na construção da História duma Nação. Gostei do discurso dum homem com ideias claras e abrangentes sobre a realidade humana actual e a nossa responsabilidade perante o nosso destino e do planeta em que vivemos.
Foram horas de emissão em directo, intervenções de jornalistas, posicionados localmente e de comentadores em estúdio, além dos inúmeros replays até à saturação. A tudo procurei dar a minha melhor atenção. E no final o que me ficou registado mais indelevelmente foi uma questão desafiadora posta por Ricardo Costa: "Será que em algum país da Europa algum negro conseguiria ser eleito Presidente da República?"
Sorri, com algum cinismo, sabendo bem a resposta. "Não!" A civilizada Europa, a modelar Europa, a vetusta Europa, a historicamente centralizada Europa não está à altura de tal desafio. A Europa ainda vive atafulhada nos obscuros pergaminhos da sua auto-bajuladora História. E dessa, muito mal contada e transfigurada, História ainda subsiste a sua mal-disfarçada xenofobia e o seu dissimulado racismo.
2 comentários:
a Europa é tão racista que se um negro alcançasse essa posição ele seria branco.
e eu pude acompanhar tudo graças ao namorado mais fofo do mundo que eu tenho.
te amo
Também acompanhei interessada a emissão histórica,
De facto, duvido que a Europa elegesse um negro, mas verdade, verdade, os EUA também o não fizeram: Obama é MESTIÇO!
Bom domingo.
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