terça-feira, 22 de dezembro de 2009

PELÚCIA


EU SOU UM BONECO DE PELUCHE!

Deram a uma menina, já muito crescidinha, três bonecos de peluche e ela logo tratou de lhes dar nomes. A mim chamou de Manuel e aos meus irmãozinhos chamou de Rodrigo e Sergio. Agora todas as noites dormidos ao lado dela, na sua cama.

Ela nos chamou assim para se lembrar de quando brincamos às cozinhas, fazendo comidas novas, que ela prova com admiração e ela me ensina a fazer coisas boas com o milho para depois vender. Eu não gosto de comer coisas de milho, mas o dinheiro é bom para comprar outras coisas que fazem falta; como comida e refrescos (por vezes bebemos cerveja, hehehe).

Também brincamos de rir, pois ela gosta de rir e se sentir bem disposta, para afastar os medos da vida. Por vezes eu danço para ela dar risada e ela fica chamando todo mundo para me vir ver sambar. É muito divertido!

De manhã eu levanto muito cedo e vou esperar que ela chegue do mercado trazendo um grande saco de milho à cabeça. É muito pesado e eu me apresso para a ir aliviar. Depois ela descasca o milho e eu vou raspando o coco para fazer o leite que se junta na massa do milho. Ela então conta histórias da vida dela. Ela teve uma vida longa, com muitas histórias.

Ela tem um nome muito bonito, mas prefere ser chamada pelo nome duma grande imperatriz que governou a Rússia à muito tempo; talvez porque ela é mandona como essa rainha foi. hehehe (Mas a gente não se importa!). E assim poucas pessoas sabem o verdadeiro nome dela, pelo que não podem fazer feitiçaria contra ela. Pois, para a magia funcionar nós temos de saber o verdadeiro nome das coisas, senão... não dá!

Eu estou muito feliz de ser um URSINHO DE PELUCHE!

4 comentários:

Serginho Tavares disse...

Chorei muito!
Te amo

São disse...

Muito linda, a estória.


Para ti e para quem gostas , um Natal de paz e lindas surpresas assim com um ano bem melhor do que 2009!

Um xi-coração.

anjo disse...

Não me esqueci de ti________________________ FELIZ 2010.

Um abraço «««

Leandro Cordeiro disse...

Extremamente poético. Lindo!