sábado, 6 de março de 2010

12 ANOS


Saiu da escola com intenção de pôr termo ao martírio. O suicídio era ideia fixa na sua jovem mente de adolescente atormentado pela perseguição dos colegas que o violentavam e infernizavam. Amigos o seguiram alarmados tentando demovê-lo; o primo chegou a pegar-lhe nos pulsos, num desespero de o levar a reconsiderar. Mas ele desembaraçou-se, correu, despiu-se e lançou-se às águas frias do rio. Tinha 12 anos.

O bullying sempre fez parte do crescimento das crianças, mas o facto não justifica o comportamento. Muito menos num mundo, como o nosso, em que a competitividade é percebida como prioridade. Há hábitos e comportamentos inaceitáveis numa sociedade que se pretende educada e respeitadora dos princípios de dignidade humana.

3 comentários:

Serginho Tavares disse...

Eu conheço uma pessoa que parou de estudar por causa do bullyng.
Hoje está sofrendo muito por ter perdido anos de sua vida por ter sofrido em silêncio. Não tinha ninguém que o pudesse ajudar.
Agora tenta retomar sua vida num mundo cada vez mais competitivo onde pessoas de sua idade já fizeram sua vida e ele quer começar a dele.
Crianças e adolescentes sabem ser cruéis? Quando vejo casos como estes tenho certeza que sim!

Um texto forte amor, como sempre, parabéns e que a sociedade possa olhar pra estas pessoas que são diferentes e não tem culpa de serem.
Amo te.

São disse...

Ao que nós estamos chegando, meu Deus!
Estimo-te.

Anónimo disse...

Lamentável saber que essa é uma história real! Cena que se repete todos os dias.


Abraços.