Os dias sucedem-se previsíveis, na sua mutabilidade. A rotina removeu toda a maravilha da descoberta. Todo o deslumbramento. Apenas encheu tudo dum tédio atroz. Criminoso!
A contagem dos dias é um tic-tac angustiante, quase sinistro. O medo de falhar.
A dúvida sempre assalta as debilidades humanas. Mina vontades e determinação. Mas sempre persiste um último recurso; a fé. Não me refiro à fé religiosa, embora essa possa ser inclusa. Falo da esperança que perdura para além de todos os desaires. Do gesto insano de continuar, quando todos aconselham o parar, o desistir. Falo do ficar olhando em frente, quando já nada mais se anuncia a chegar.
Na nossa sociedade urbana ainda há Primavera?
4 comentários:
Eu sei que aqui em Recife, primavera nunca houve.
Ou chove ou faz sol e talvez por isto mesmo a esperança ainda exista aqui.
Pelo menos pra mim!
[amo te]
[beijos]
Pois que a esperança jamais feneça em teu coração, meu amigo.
Um abraço grande.
A fé, por vezes é sem fundamento. Mas quase sempre nos traz bons frutos! Engraçado, não?
Belo texto!
Acho que o pessimismo é tão presente na sociedade que fico pensando se a Lei de Murphy, é de fato, lei.
Falando em pessimismo... putz, tô ferrado na prova de Montadores e Compiladores!
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