sábado, 24 de abril de 2010

OS TABUS E OS MEDOS (HOMOSSEXUALIDADE)


Um padre católico (sempre a Igreja Católica!) ugandês (assessor do governo) apoia (quanto a mim instigou) o governo do Uganda na sua determinação de criar uma lei que pune a prática da homossexualidade com penas pesadas que podem ir até à pena de morte.

No Brasil, na Faculdade de Farmácia da Universidade de São Paulo, estudantes publicam um opúsculo (O Parasita) com um artigo incitando à perseguição e violência sobre os homossexuais. Este tipo de expressão dum pensamento tacanho e chauvinista é chocante quando expresso por uma elite informada e esclarecida, que constituirá o futuro corpo de formação de opinião pública dum pais moderno e influente.

Os valores velhos e obsoletos caem por terra, desacreditados e incongruentes num mundo que se revolve em busca de novos rumos. Mas se no geral se aspira por evolução e avanço, individualmente os medos crescem. As massas não estão preparadas para renovações; nem grandes nem pequenas. Tentam encaixar o novo nos seus velhos modos de perceber e fazer as coisas.

A vivência do novo, do desconhecido, é um drama aterrorizante. E tal pavor leva ao refúgio no velho modo de agir e compreender; uma tentativa infantil de procurar refúgio debaixo das saias (por mais rançosas e pestilentas que estejam) da mãe Tradição.

3 comentários:

Leandro Cordeiro disse...

Ainda hoje há tantos tabus em volta, não apenas da homossexualidade, mas da sexualidade!
Essa mácula, sexo visto como algo sujo, pervertido, proibido e imoral, principalmente quando foje as regras da normatividade!

Gostei!

Serginho Tavares disse...

Sempre existe uma igreja por trás de tudo, sempre existe a tal moral, os bons costumes, mas afinal o que é moral ou amoral hoje em dia quando vemos milhares de pessoas morrendo de fome no mundo?
Onde está a igreja nestas horas? Onde está a moral?

São disse...

Só ataca às cegas quem está em completo desnorte.

As igrejas - todas elas- são promotoras de fanatismo e intolerância...e quanto a isso, nada a fazer.

Que o Grande Espírito ilumine estas criaturas e nos livre , a nós, delas!

Um abraço.