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sábado, 29 de outubro de 2016

AURICA

Segundo os cientistas João Duarte, Filipe Rosas e Wouter Schellart (dois portugueses e um australiano), daqui por 300 milhões de anos a Terra voltará a ter um único super-continente: Aurica. Uma teoria inspirada na observação do comportamento das zonas de subducção e baseada em evidências de história geológica, cálculos matemáticos e modelos computacionais. Com o deslocamento das placas tectónicas os oceanos Pacífico e Atlântico fechar-se-ão, a Eurásia dividir-se-á em duas: uma parte rumando a este e a outra rumando a oeste. A Austrália juntar-se-á com a América (daí o nome Aurica).
Nem quero imaginar como será o clima nessa altura.




Nota: imagens recolhidas da internet através do Google

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

NUVEM DE VAPOR



O mundo contemporâneo chegou de enxurrada numa grande nuvem de vapor. A revolução industrial. Uma catadupa de descobertas e avanços tecnológicos passaram a fazer parte do nosso quotidiano e agora também a electrónica e a informática são banais na nossa rotina diária em todas as nossas actividades. A ciência evoluiu admiravelmente. E a humanidade? Mais de 380 milhões de crianças vivem abaixo do nível de pobreza.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

ABORTO


Toda a gente tem opinião sobre o aborto. Ou pretende ter. Todos dão os seus vaticínios, apoiados em pressupostos morais/religiosos ou científicos. Todos clamam pelo direito à vida. Todos reclamam o direito da mulher ou do divino. Mas não oiço ninguém falar sobre o direito do feto. Ainda não vi ninguém dar a voz ao feto; escutar sobre o que ele tem a dizer e qual o seu parecer sobre uma decisão que, acima de tudo, o envolve a ele e da qual depende toda a sua existência e o seu futuro; senão mesmo a sua dignidade humana.

Eu nasci. Eu era um feto condenado ao aborto e nasci. Por isso me sinto mais no direito de falar em causa própria que todos os outros! A minha é a opinião da experiência vivida no antes e no após. Opinião livre de moralismos e dogmas, pretensamente piedosos de religiosos fanáticos e outros ignorantes afins.

A vida do feto nada tem de religioso ou transcendente, pelo que a religião deve se calar de dar pitaco sobre o que não lhe cabe. O feto tem consciência! O feto sente! O feto tem existência emocional! O feto tem alma!

O feto comunga das emoções da mãe. Têm mais a uni-los que apenas o cordão umbilical. E isto deveria ser do conhecimento daqueles que, embora se digam religiosos, pouco parecem saber de espiritualidade. Os medos e preocupações da mãe são partilhados pelo feto. E do mesmo modo as decisões que a este dizem respeito.

Foi através da memoria dessa partilha que eu vim a saber que a minha mãe estava disposta e determinada a abortar, quando percebeu que estava grávida (de mim, no caso). E também assim senti, ao longo do tempo que permaneci no seu ventre, a rejeição e as dúvidas que ela tinha por mim. Não, eu não era a sua primeira gravidez; tenho duas irmãs mais velhas.

Nasci porque o meu pai, movido do seu catolicismo, cristianismo, puritano, moralista, se opôs ao aborto, pelo que a minha gestação foi uma luta constante de sentimentos e emoções antagónicos, em que eu sentia o quanto era indesejado e disputado. E de todo esse conflito, ficou a matriz de conflito interno que me marcou para toda a vida. Sempre vivi com o estigma, em forma de sentimento de rejeição, que nenhum psicólogo pode apagar. Sempre me senti rejeitado! Não há amor ou dedicação que consiga apagar essa chaga em mim. Sempre me senti desesperadamente só e disputado, sem que alguém me escutasse.

Não, a culpa não foi da minha mãe. Ela estava no seu pleno direito de não querer ter mais um filho; mais uma dúvida. A culpa não foi de ninguém, senão mesmo dum moralismo cruel e desumano! Se me perguntarem se eu preferia ter nascido ou a minha mãe ter-me abortado, eu sempre responderei: ela deveria ter abortado!

Tive uma vida plena de experiências e aventuras; algumas nem tão felizes. Mas preferia ter nascido de outras condições e não por mera teimosia e combinação de acordo de interesses. Se não tivesse nascido desta, teria tido outra oportunidade de vir ao mundo, sob outras condições e com outros propósitos. O meu quinhão de vida não se perderia naquela chance. Como entidade espiritual, eu teria liberdade de escolher outro momento para voltar à vida entre os demais neste mundo. Nascer por direito próprio e não por egoísmo alheio.

Por isso meu lema será sempre: Deixem a mãe e o feto decidirem sobre eles mesmos!


domingo, 26 de fevereiro de 2012

PESSOAS CETÁCEAS


Pessoa é um ser dotado de auto-consciência, autonomia moral e sociabilidade. Pessoa pode ser um ser não-humano (animal, extra-terrestre ou máquina) dotado de moral e sentido de responsabilidade. Um ser com direitos e obrigações.

“Os golfinhos merecem ser tratados como "pessoas" não-humanas, cujos direitos à vida e à liberdade devem ser respeitados, é o que foi dito por cientistas em reunião no Canadá.

Um pequeno grupo de especialistas em filosofia, conservação e comportamento dos golfinhos angariam apoios para uma "Declaração de Direitos dos Cetáceos".

Eles acreditam que os golfinhos - e as suas primas baleias - são suficientemente inteligentes e auto-conscientes para justificar as mesmas considerações éticas dadas aos seres humanos.

Reconhecendo os direitos dos cetáceos significaria o fim da caça às baleias e os cativeiros de golfinhos e baleias, ou a sua utilização como entretenimento.

O movimento é baseado em

anos de pesquisa e tem demonstrado que golfinhos e baleias têm grandes cérebros complexos e um nível semelhante à humana de auto-consciência.

Isto levou os especialistas a concluir que, embora não-humanos, golfinhos e baleias são "pessoas" num sentido filosófico. Isso tem implicações de longo alcance.” in http://abaldwin360.tumblr.com/post/18025105654/dolphins-are-people-say-scientists



Entretanto na vetusta e civilizada Europa a barbárie ainda persiste em nome da tradição.

O abominável massacre de baleias-piloto é um costume anual das Ilhas Feroe que, embora façam parte da Coroa Dinamarquesa, possuem enorme autonomia legislativa, pelo que nem a Dinamarca nem a União Europeia têm autoridade para pôr termo à infame chacina.