Em Junho de 2008 os irlandeses votaram NÃO ao Tratado de Lisboa, em referendo. A Europa caiu de joelhos, derrotada. O sonho de continuar na consolidação duma unificação exemplar estava em risco.
O povo irlandês tinha utilizado o referendo como arma de punição ao seu próprio governo, indiferente ao que esse gesto implicasse para milhões de outros europeus. A unidade de todo um continente estava garrotada por uma só nação.
Em Outubro de 2009 os irlandeses vão de novo repetir o mesmo referendo e respondem SIM. A Europa suspira de alívio. O processo de implementação do Tratado de Lisboa pode prosseguir.
Assolado pela crise económica e procurando apoio para a recuperação do estado de graça anteriormente vivenciado, o povo irlandês pôs de parte a sua arrogância nacionalista e deu o dito por não dito. Afinal as benfeitorias de pertencer a uma super-economia falam mais alto.
Será que isto dignifica a democracia? Será isto a justiça democrática? Será que povos acomodados e desinteressados dos processos políticos, são boa fonte de consulta para decisões maiores?
Não se assemelhará esta democracia por vezes a anarquia? Ou mesmo ditadura, quando uma minoria impõe a sua vontade a uma imensa maioria.
Será que o Povo estará já preparado para uma União supra-nacional?
1 comentário:
os interesses de um sempre atrapalham os interesses de todos!
beijos. te amo.
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