sábado, 14 de maio de 2011

SEM EMERGÊNCIAS (reposição)

Chegámos.

De caminho pude ver alguns clarões duma trovoada muito distante. Já era noite. Chovia. Chovia à vários dias, à várias semanas. Uma chuva insistente, aborrecida, que deixa tudo encharcado, os interiores húmidos e afasta o sol, deixando os ânimos propensos à melancólica apatia do tédio.

O nosso destino era o Shopping Guararapes, na cidade de Jaboatão dos Guararapes, onde iríamos comemorar um aniversário na loja de jogos.

Chegados, apressamo-nos para dentro do grande centro de lojas, não tão somente para fugir da chuva mas devido ao atraso em relação à hora marcada. Ainda entrámos numa loja generalista, para uma última compra e... a luz faltou e a escuridão foi total. Fiquei imóvel onde me encontrava, sem mover um dedo que fosse. Esperei. Rodei a cabeça de olhos bem abertos, mas não encontrei nenhum clarão (por mais ínfimo que fosse) de luz de emergência. Então? As luzes de emergência deveriam ter acendido automaticamente, logo que o geral falhasse. Nada!

Passados uns longos segundos a luz voltou. Depois apagou-se de novo e tornou a acender. Olhei em volta procurando os pontos de luz de emergência nas paredes e colunas da loja. Nenhum!

Compra feita saímos da loja e... a galeria, assim como a maioria das lojas do shopping estavam às escuras! Afinal o estabelecimento de onde acabáramos de sair tinha um gerador próprio, por isso de imediato normalizou a iluminação.

Meio na penumbra, deslocámo-nos pelo shopping procurando a loja onde decorreria a festa. A única iluminação disponível era a claridade oriunda de alguns estabelecimentos que tinham geradores de energia para seu uso próprio. Luzes de emergência nas galerias e átrios, nem uma. Eu procurava ignorar que estava num grande centro comercial, dum aglomerado urbano (Recife) com mais de um milhão e quinhentos mil habitantes.

Oh, saudades...!


NOTA: Esta é uma reposição da publicação anterior, que desapareceu na recente hecatombe do Blogger. Que me desculpem os que haviam comentado e cujos comentários desapareceram também.

4 comentários:

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

Tentando recuperar o coment ...

Eu teria aproveitado a penumbra para umas certas atitudes pecaminosas ... rs

bjão

Anónimo disse...

Despreparo. Absurdo. Triste.

Serginho Tavares disse...

E depois tem gente que fica chateado quando dizem que isto aqui não é um país sério!

Que vergonha!

Unknown disse...

O IdG deve ter sido o único blog no qual os comentários voltaram junto com as postagens. No do Serginho (acima), os comentários sumiram, aqui, ídem, rsrs.
Enfim, o que eu havia comentado aqui antes foi que nunca passei por uma experiência assim em um shopping center: tão excitante e perigosa ao mesmo tempo.
Bj.s e bom domingo querido amigo.