Parado na esquina, da movimentada
avenida central com uma pequena rua lateral. Detenho-me por alguns momentos
observando apenas o buliço de gentes e viaturas. Sem rostos, sem destinos,
apenas vultos que se cruzam no rugido da urgência alienada.
Uma voz corporiza-se à minha
frente, num rosto que me interroga por trás duns óculos escuros: - Desculpe! O
Senhor chama-se Valter?
O meu olhar desce por um braço que
segura um rosto feminino, divertido com a situação.
- Não. – Respondo num sorriso
simpático e feliz por alguém, naquele tumulto, ter-se identificado com outro ser
humano.
- Desculpe, - insiste ele e com simpatia, explica-se - mas tenho um amigo
que é exactamente a sua cara e a sua fisionomia. Até ia para lhe dizer: “Cara, tu não mudas, nem envelheces!
Estás sempre na mesma!”
E com o acender do semáforo
verde, o encontro diluiu-se no calor da tarde.
Nota: O modelo da foto é o português Valter Carvalho. Desconheço o autor da mesma.
6 comentários:
E assim se sai da multidão sem rosto...
Beijinhos com saudade
Tome tento Sr. ManDrag!
Eu acho bom eu começar a frequentar esta rua junto contigo. Walter? Sei, que cantada mais antiga!
Beijos
Ah que maldade Sergio, de repente nem foi cantada!:):):) Mas mesmo que tenha sido, as cantadas de alguma forma recuperam a nossa auto-estima! Eu quando estou com a auto-estima baixa passo em frente a uma obra hahaahaha .
A cantada é das antigas mesmo! Mas que parece com vc parece!
Eu te sigo aqui já.. vou olhar os outros!
Abraço!
kkkk Serginho tá certo ... só q eu diria sim ... sou eu o Valter sim ... há qto tempo não nos vemos né? vamos lá em casa tomar um chá? kkkkkkkkkkkkkkk
Amanhã passa pelo "são", não esqueças-
Bons sonhos, lindo.
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