segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

SUDÃO DO SUL

O ditador Omar Hassan Al-Bashir, Presidente do Sudão, reconheceu a vontade popular de separação das duas nações: “Anunciamos ao mundo a nossa aceitação e respeito pela escolha da população do Sul”.

Com 98,83% dos votos os sudaneses responderam "independência" no referendo promovido para pôr termo à guerra civil e opressão.

O novo país, ainda sem designação oficial, terá a proclamação da sua independência a 9 de Julho.

A África move-se num novo despertar.

2 comentários:

Serginho Tavares disse...

E viva o Sudão do Sul ou viva o Cuche!

Heitor Kakkah Xerxez disse...

Realmente, esta foi uma decisão difícil de o governo autoritário do Sudão em permitir um referendo no qual a população do Sul decidiu pela sua autonomia. Isto é um exemplo para a maioria dos países africanos que são Estados artificiais, oriundos do processo de descolinazação europeia da qual esses novos países não possuíam uma identidade nacional, bem como agregaram no mesmo território povos com culturas e línguas diversas, muita das vezes, inimigas entre si. O mosaico étnico-cultural da África nunca foi retratado nos mapas, onde as fronteiras dos países refletiam a administração europeia de outrora dos territórios. É esta a explicação parcial dos desvios dos recursos voltados para questões sociais fundamentais ( segurança, educação, moradia, saneamento básico, saúde, etc) empregados na compra de armas diante da situação permanente de conflitos internos; talvez, a escolha de um regime autoritário pelo reconhecimento da independência seja a melhor maneira de conter esse desvios de investimentos fundamentais a melhoria das condições de vida, bem como da própria infraestrutura econômica doméstica. Diante desta observação, creio que a África esteja numa fase de escolha de caminhos que, lenta e gradualmente, largue devez a condição de periferia abandonada estipulada pelos senhores da globalização.