Os jovens de hoje não lêem. É uma queixa que se ouve por toda a parte. Que os jovens não têm hábitos de leitura, que os jovens não sabem procurar conhecimento nos livros, que os jovens não reconhecem a importância do saber...
Mas é necessário dar bons produtos aos jovens. E a qualidade dum livro está no seu conteúdo ideológico e literário, mas também na sua apresentação.
Encontro-me a ler a Trilogia da Herança, escrita por Christopher Paolini (mais precisamente estou a meio do segundo volume, Eldest, editado pela Gailivro com tremendos erros de revisão).
Actualmente com 26 anos, Paolini iniciou a escrita deste projecto literário aos 15 anos, tendo conseguido a primeira edição e imediato sucesso aos 19 anos, pelo que se pode afirmar ser literatura dum jovem para outros jovens. Mas não se trata da análise da excelente e reconhecida obra de Paolini que aqui me traz.
Um texto pode ter uma narrativa cativante e ser bom de conteúdos, mas se estiver cheio de erros devidos a uma má revisão editorial, então não se pode esperar que seja uma fiável fonte de cultura e conhecimento. Se nos queixamos da falta de prática literária dos jovens e da má qualidade linguística das ferramentas que utilizam, como podemos esperar que eles se aperfeiçoem se não tiverem acesso a boas fontes. Não é com dicionários e gramáticas que se ensina a falar e escrever bem. É com bons livros, com bom jornalismo, com boa locução nas rádios e televisões, enfim, com cuidado e brio profissional nos veículos de disseminação de cultura e saber.
4 comentários:
Eu não sabia que o escritor era tão jovem!
Parabéns pra ele!
E pelo que vejo o quanto estás lendo, o livro deve ser de fato muito bom meu amor. Vou querer ler depois.
Até acho que houve uma fase que os jovens nao liam absolutamente nada, mas vejo que depois de escritores como este, J.K. Rowling e Stephenie Meyer (todos adaptados para o cinema) os jovens tem procurado ler mais.
Não se pode querer obrigar que os jovens leiam coisas que estejam tão distantes de sua realidade os forçando a gostar de situações que eles não se imaginam lá ou não entendem. De fato os clássicos tem ficado de fora, mas vejamos, cada um vive de acordo com sua época não é mesmo? Falta maturidade ainda para se gostar daqueles livros, mas só o fato de escritores como os que citei aguçarem nestes jovens o prazer de ler já temos um bom caminho pela frente.
Amo te
É, concordo com o colega acima. O fato do conteúdo ser um romance, uma aventura para jovens, pode aguçar a vontade de ler mais. No mundo onde tudo é visual...Não conhecia os livros, deu vontade de ler!
Pois seria muito bom dar excelentes exemplos à juventude, embora-como sabemos- não seja totalmente suficiente.
Saramagi parte para o outro lado aos 87 anos!
Um abraço, lindo.
Concordo plenamente com o que disse o colega Serginho! Um abraço seu blog está cada vez mais interessante!
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