NÃO! Não, o monstro não é esse simpático cachorrinho na foto! Nem é ele a vítima do monstro. Ele é apenas um exemplar da raça yorkshire, que escolhi aleatoriamente para ilustrar o caso de que venho falar.
Um cachorrinho yorkshire foi, à dois dias, espancado e torturado até à morte pela sua tratadora de 22 anos, perante o olhar da sua filha de 2 anos. Uma pessoa que faz isso é um monstro!
Essa pessoa chama-se Camila Corrêa Alves de Moura Araujo dos Santos, é enfermeira, casada com um médico e vive em Formosa, uma cidade do estado de Goiás, Brasil.
O caso teria passado despercebido e caído no esquecimento, se alguém na vizinhança não tivesse filmado a cena e divulgado na internet. Tem feito muito alvoroço nas redes sociais e motivado uma forte corrente de indignação e repúdio com fortes apelos a que as autoridades policiais e judiciais actuem com firmeza e até dureza.
Além de toda a cena ser chocante (o vídeo está disponível no Youtube), ainda é mais infame por ter sido testemunhada in loco por uma criança de apenas 2 anos. Como se pode permitir que alguém com uma índole tão descontrolada e violenta tenha a guarda duma criança? A quem estão entregues as crianças hoje? Como pode alguém com a profissão de enfermagem ser tão desapiedado?
Não se trata de um brutamontes de classe baixa, sem educação nem estudos, oriundo duma obscura favela. Muitos desses brutamontes são bem mais compassivos e dedicados que essa besta. Muitos desses brutamontes são mais humanos que esse monstro. Muitos desses brutamontes são bem mais educados que essa criatura. Não é uma questão de classe social ou de dificuldades materiais e financeiras.
É uma questão de má formação e incapacidade para lidar com a realidade. Uma questão muito comum nos dias que correm: a incapacidade notória de muitos indivíduos lidarem com as realidades que adquirem para o seu quotidiano, por uma deficiente formação e educação.
Não sabem o que querem e ambicionam mais do que estão preparados para suportar. Isso porque cada vez menos são apresentados limites durante a formação e educação duma criança. Cada vez mais encontramos adultos impreparados e infantilizados fingindo assumir responsabilidades que não têm a mínima noção do que sejam. E assim, passando a deficiência de geração em geração, a cadeia vai-se preservando tosca e deformada.