É este um mundo moldado por ideais de competitividade. Desde a mais tenra idade somos instigados a ver o próximo como um rival e a procurar superá-lo para podermos ser reconhecidos como vencedores; que temos de ser... mas que na verdade nunca chegamos a ser. O que resulta são frustrados egocêntricos que procuram de qualquer modo subjugarem os que o rodeiam a um despotismo patético.
Um mundo de ilusão e alienação. Mas um mundo perverso de pequenos déspotas que infernizam a vida dos que os rodeiam. Um quotidiano em que cada circunstância pode servir para amesquinhar o próximo na procura da satisfação dum ego que nunca se satisfaz.
Já haveis percebido que não estou falando dos grandes, dos senhores que governam, dos senhores que dominam o mundo através da economia e das armas, mas sim dos anónimos na multidão, das gentes comuns que vivem a obsessão do domínio. Falo da tristeza de não ter um sentido na vida e tentar compensar a falta de carácter com um pseudo-controlo dos mais vulneráveis que o rodeiam. Cobardia!
Fazer a vida dos outros um inferno quotidiano não traz vantagem. Quanto muito apenas uma falsa sensação de conquista.
Numa sociedade injusta e desnivelada geram-se as condições para todos os despotismos, propiciando o desenvolvimento de comportamentos mesquinhos gerados na inveja dos que nunca conseguem alcançar a satisfação, que apenas uma consciência equilibrada e em harmonia pode proporcionar.
6 comentários:
Infelizmente são pessoas assim que mais vemos ao redor!
Se os maus exemplos vêm de muito acima, que mais podemos esperar?
Deus nos valha!!
Beijinhos, meu Amigo.
Mandrag, o teu texto me fez lembrar um episodio recente que aconteceu comigo, eu estava no avião, e minha bagagem de mao estava do outro lado, por nao haver espaço proximo do meu assento. Então pedi a um homem se poderia me dar licença para que eu pudesse pega-la, mas o sujeito naquela ânsia para descer logo do avião, com medo de que eu fosse sair na frente dele nessa "competição" me disse simplesmente: "Não posso minhas mãos estão ocupadas" Mas eu nem tinha ousado pedir para ele me ajudar, somente pedi licença para eu mesma pega-la. Mas as pessoas estão assim desssa forma, te consideram uma adversário até no simples ato de descer de um avião e pegar a tua bagagem! Realmente teu texto vem bem a calhar. parabens!
Mandrag, como sempre vc nos traz uma boa reflexão.
Gostei mt do seu texto todo, mas reli o último parágrafo umas 3 vezes pq gostei, pq é verdade.Só uma mente equilibrada e em harmonia pode encontrar satisfação. E digamos tb, além de satisfação, paz. Como deve ser ruim ter a cabeça pensante dessas pessoas egocêntricas...É de dar mt pena.
Quando adolescente, hiperativa sem diagnóstico, recebia tarefas extras para não perturbar os demais. Coube-me encapar livros da biblioteca da escola por um mês. Virei perita nisso, rs. Aquela pequena coleção de livros era vista pelos alunos que a usavam como um tesouro. Até para passar as páginas era tomado um cuidado extremo.Poucos tinham algum livro em casa.
Um livro que não é dividido é inútil, esteja onde estiver, na prateleira ou no lixo. Triste isso!
Comentário que deixei para o post anterior. Acontece depois dos 55 anos. Ai! Ai! ;)
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