quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

NÓDOAS E JANEIRAS

Será que os assassinos que matam por motivação política serão menos assassinos que os outros? Sejam eles de esquerda ou direita, fanáticos independentistas ou fundamentalistas religiosos?

Será que tirar uma vida não é tirar uma vida?

Será que tirar uma vida deixa de ser um crime quando inspirado por motivações politicas e ideológicas? Como pode um assassino por motivações politicas queixar-se de posterior perseguição política? Como podem exigir entusiasticamente a libertação de alguém que cometeu assassinatos premeditados, apenas alegando motivação politica, quando doutro lado pedem penas severas para suspeitos de assassinato por motivações pessoais?

Será que a democracia também justifica o assassinato? Uma democracia construída com sangue nas suas raízes não me parece que venha a ser ideologicamente justa e isenta de arbitrariedades.

Lula (ao deixar a Presidência da República no Brasil) fechou o seu reinado com uma nódoa; acobertou um assassino e sonegou a sua apresentação perante a Justiça. Sai com as mãos manchadas de sangue.

JANEIRAS

Hoje é Dia de Reis. Em Espanha é o dia em que se entregam os presentes de Natal (afinal foram os Reis Magos que levaram presentes ao recém-nascido) e em Portugal é dia de cantar as Janeiras (grupos vão pelas ruas e de porta em porta cantando o nascimento do Cristo e votos de Bom Ano Novo e recebendo em troca os remanescentes da Mesa de Natal).

José Afonso imortalizou essa tradição no seu Natal dos Simples.


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6 comentários:

Serginho Tavares disse...

Pra mim matar é sempre matar. Mas matar alguém premeditando um crime é pior ainda!
É cruel demais!

Enfim, viva o dia de reis e dia do astrólogo a todos! Vamos cantar as Janeiras!

Beijos amor

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

Assino em baixo .. crime é crime e sempre será e deve ser punido ... isto sim é democracia ...

Qdo criança, dia 06 sempre passava na casa de minha avó no interior só para assistir a folia ... ai ai ... saudades ...

bjux

;-)

Leika Horii disse...

Me lembrei da imagem da justiça de olhos vendados, pq não ditingue, é igual. Deveria... Triste! =(

Astrid Annabelle disse...

Sabe ManDrag, quando eu comecei a freqüentar Ubatuba, lá pelos anos 60, os caiçaras, vizinhos da casa da minha mãe, comemoravam o Dia de Reis com cantorias,passando de casa em casa, onde eram recebidos com aguardente e os restos dos doces do Natal.
Eram descendentes de franceses, portugueses e índios. Todos pescadores. Viravam a noite todinha cantando e se escutava de longe.
Você me fez recordar isso falando sobre as Janeiras.
Namaste!
Astrid Annabelle

Lobo disse...

Um assassino é sempre um assassino, não importa a sua resolução. Por motivos políticos, por impulso, que seja. Ele dá o jeito dele de suprir as necessidades dele, e nós de nos salvarmos.

Um beijo Mandrag!

Jorge Oyafuso disse...

O governo brasileiro se intrometeu em uma coisa que não lhe diz respeito.

Assassinato é assassinato. Deve ser pago da forma que deve ser pago. Sem distinção de classe social, cor ou credo.

Um cara que tentou matar o Papa pega prisão perpétua. Mas outro que mata um desconhecido, pega de 25 a 30 anos de prisão. Como assim?

Apesar da importância, uma vida continua sendo uma vida. E uma vida não pode valer mais do que nenhuma outra, e vice-versa.