Diriam que se trata duma cidade árabe situada na Península Arábica, em pleno deserto voltado para o Golfo Pérsico?
Não! Uma silhueta urbana destas pode ser em qualquer cidade inspirada nos modelos da nossa actual civilização da uniformidade, onde os maus gostos se propagam à mesma alucinante velocidade com quem caem as tradições e idiossincrasias que levaram milénios a se fundamentarem.
Vai-se perdendo o exotismo espontâneo das culturas diferenciadas. Tudo passa a ter o mesmo aspecto, perdendo-se a aventura da descoberta. O deslumbramento perante o diferente.
Os modelos urbanos e arquitectónicos deixam de reflectir a identidade do povo, da região, do pais, para passarem a ser uma repetição fastidiosa de um caso de sucesso, visto algures, que todos querem copiar. E no fim todos habitarão nas mesmas casas, viajarão nos mesmos transportes, vestirão as mesmas roupas, comerão as mesmas comidas e cantarão as mesmas músicas, chorando as mesmas mágoas.
Não será bem a globalização, mas padece dos mesmos males; a uniformização imperialista.
4 comentários:
É verdade, estamos perdendo identidade em nome da globalização... mas e a riqueza será globalizada? Acho difícil.
Essa globalização trouxe estes malefícios... Hoje temos Pizza Hunt e McDonald's em qualquer lugar!
Beijos meu amor
ManDrag vc disse TUDO "uniformização imperialista", infelizmente é assim a coisa....e nós não passamos de andorinhas solitárias que não fazem verão...
Abraços
ManDrag, seus posts estão cada vez melhores, adoro vir aqui e me aculturar mais sempre.
Jamais gostaria de conhecer Dubai, nada ali me atrai, parece um mundo de ostentação somente, tudo artificial, não conseguiria sentir-me ligada à natureza, portanto para mim não é uma cidade e sim um cartão postal, apenas.
bjs cariocas
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