quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ADVOGAR

Ivan, 17 anos. Conhece um homem bastante mais velho, com quem inicia um relacionamento afectivo e com quem vai viver. Seguem-se maus tratos e pancadaria. Ivan é tratado como empregado para todo o serviço e ainda espancado e sujeito a todo tipo de sevícias físicas e morais. Tentou várias vezes afastar-se, mas sem sucesso.

O martírio de Ivan durou seis anos, até ao seu desaparecimento. O companheiro é suspeito de assassínio e ocultação de cadáver. O advogado deste defende-o perante o assédio dos jornalistas: “Que eu saiba nunca foi apresentada queixa-crime por violência domestica”.

E assim segue o mundo na defesa dos prepotentes.

Justiça?! Que é isso???


Nota: Este relato é um excerto ficcionado dum caso real mais complexo e hediondo.

5 comentários:

Serginho Tavares disse...

Pois é meu amor assim a vida caminha. Onde está Ivan e tantos outros como ele? Até quando as pessoas vão continuar se calando perante atos de violência doméstica achando que já que não é com eles não interessa?
Para o triste fim caminha a humanidade e este advogado faz valer a fama da profissão.

Beijos

São disse...

Viste "O Advogado do Diabo", excelente filme protagonizado pel soberbo Al Pacino? Pois ai está tudo dito acerca da justiça e de quem a aplica ...a seu bel-prazer.

Beijinho de saudade.

MAR E SOL disse...

As relações humanas são infelizmente fundadas sobre o poder que um exerce sobre o outro.Na natureza também isso acontece! O que é insuportável é saber que existem pessoas que não conseguem soltar as amarras e abandonarem quem lhes faz mal enquanto outros enriquecem e vivem à sombra de uma suposta defesa da justiça (os advogados)
Obrigada amigo

Anónimo disse...

Essa é uma das profissões mais antiéticas do mundo. Não que todos os advogados sejam antiéticos, mas a idéia de um criminoso, por conta de "brechas" na lei, ser inocentado, é totalmente repugnante. Infelizmente acontece muito disso pois o dinheiro fala mais alto...

Anónimo disse...

As histórias se repetem. Muito triste e hora de criar caminhos para ajudar. Da justiça pouco se há de esperar.
Abraço.